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sábado, 7 de janeiro de 2012

REFLEXÕES ESPÍRITAS: Parentesco corporal e espiritual


Capa do livro: CONSTELAÇÃO FAMILIAR
Psicografia de Divaldo P. Franco
pelo Espírito Joanna de Ângelis
Editora LEAL
Capítulo 14 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec” – Honrar Pai e Mãe – item 14 – Parentesco corporal e espiritual.
Os Espíritos nos dão notícia de que nem sempre apresentamos grandes afinidades para com nossos familiares. Muitas vezes a nossa relação com a família é de franca hostilidade, como se fossemos adversários e não irmãos e irmãs ou parentes que deveriam se estimar...
A reencarnação explica isso: em casa nos reunimos – afetos e desafetos – para que com a proximidade quase sempre inevitável e compulsória do parentesco corporal nos relacionemos com a finalidade de no RECONCILIAR das desavenças de outras vidas.
Irmãos e irmãs sob o mesmo teto muitas vezes negligenciam esse dever de se amarar e se apoiarem e entregam-se ao sentimento de rejeição, transformando o lar que deveria ser oficina de pacificação numa arena de disputas odientas...
Não nos iludamos: cada vez que identificamos um desafeto do passado na forma de parente em nossa família é um SINAL DE ALERTA urgente que a vida nos dá para que notemos a necessidade de perdão, compreensão, respeito e tolerância.
Portanto, dever urgente ao alcance de nossas forças é tolerar e pacificar a nossa casa, no entendimento e na tolerância aos parentes difíceis, dos filhos problema, dos esposos tiranos, das esposas ciumentas, dos fardos da consanguinidade.
Perante o parente-desafio, a nossa própria evangelização íntima pode ser o melhor recurso iluminativo, pois que através da mensagem do Evangelho de Jesus encontramos resignação e força bem como a energia para superar nossas imperfeições e nos transformarmos em pessoas mais pacientes que perdoam com facilidade.
Conhecer-se a si mesmo superando as imperfeições nos torna pessoas mais nutritivas para o meio em que Deus nos localizou – o próprio lar – e para os parentes e afetos que nos constitui o GRUPOCARMA de evolução: a nossa família.
Se você quiser, pode melhorar-se emocional e espiritualmente a tal ponto que se transforma em um verdadeiro INSTRUTOR ESPIRITUAL dentro de sua casa ou núcleo familiar, chegando a ensinar pelo exemplo de tolerância e a ajudar com sua mudança interior às criaturas que te rodeiam, alavancando-lhes a evolução.
Nosso dever de parente que identifica a desarmonia e o desacerto no comportamento do companheiro de jornada é o de EXEMPLIFICAR O ACERTO a fim de que nossa ATITUDE fale muito mais alto do que nosso verbo muitas vezes ágil na voz e tardio na ação...
Assim como o parentesco corporal não nos garante afeto e plena identificação com os companheiros da consanguinidade, a esfera dos amigos estranhos ao lar muitas vezes é repleta de amores e amigos do passado, são tão significativas e espontâneas as simpatias que nos ligam a pessoas que acabamos de encontrar nessa vida, que só essa afinidade é uma prova da REENCARNAÇÃO que experimentamos na própria alma.
Quem não experimentou a sensação de profunda empatia e amizade em outro ser que acabou de conhecer e cuja distância passa a nos doer os sentimentos como se aquela presença querida nos fosse um alimento do espírito.
Sentimos necessidade de conversar, de trocar ideias, de compartilhar emoções, de confiar segredos e carências intimas em clima de amizade pura e confiança absoluta, de tal maneira marcante que não compreendemos como essa pessoa não nasceu em nossa família como irmão ou irmã querida a fim de que pudéssemos estar mais próximos.
Sãos os irmãos da alma, os parentes espirituais que genuinamente constituem as nossas afinidades legítima, eleitas pela convivência em muitas vidas, pela identidade de predileções e tendência e principalmente pela moral evolutiva na maturidade cósmica de cada um.
Se identificamos parentes que são fardos-desafios à nossa maturidade, se identificamos estranhos que são doces irmãos da alma a nos facilitar a jornada com sua presença, não podemos esquecer as mães, figuras singulares nessa teia delicada de almas em aprendizado.
Mães representam aquelas irmãs que nos recebem com mimos e cuidados, sobrepujando seus próprios sentimentos, que muitas vezes poderiam ser de antipatia, mas que “elas superam” com o maravilhoso instinto materno, semente de Deus presente na alma de cada mulher.
Tantas vezes cobradas com exigências de perfeição, as mães são mulheres que pariram – nada, além disso, biologicamente falando – mas que para cada um de nós é um ícone de angelitude.
Certos sociólogos certa vez estudaram um numero de pessoas condenadas à morte nos EUA. Embora criminosos cruéis de sentimentos empedernidos, invariavelmente na hora da forca, injeção letal ou choque elétrico pelo qual deixariam o corpo físico, perante a angustia da morte simplesmente gritavam ou suspiravam uma doce palavra: MÃE...
Perante o perigo, a angustia, a dor, o sofrimento, a desesperança e o sacrifício é por elas que clamamos: MÃE! Diante da situação aflitiva nos transformamos em uma criança, desejosa do colo morno e dos doces afagos daquele seio que nos nutriu, símbolo de segurança e afeto.
Claro, nem todos fomos amados por nossas mães. Há mulheres que perante o desafio da maternidade não souberam canalizar as forças do amor em favor dos rebentos de sua alma... Para essas a nossa compreensão e respeito, elas fizeram o que puderam nos dando ao menos a vida biológica, benção impagável na busca da felicidade.
Claro que você que é mãe, nem sempre fará o que é certo, mas sempre fará o melhor ao seu alcance, porque a maternidade não nos confere perfeição, mas nos encaminha a perfectibilidade pelo exercício de educar e encaminhar almas para a vida.
Para nós que temos mãezinhas vivas, o dever de amparar e abraçar esse ser que nos deu o dom de existir. Para nós que as temos guardadas no cofre celeste dos céus, onde as joias dos nossos amores que partiram vivem e respiram nos aguardando a chegada, a nossa oração de gratidão e respeito.
Para você que ainda receberá o divino tesouro de um filhinho, nossos desejos de uma gestação saudável e de infindáveis alegrias nessa experiência tão arrebatadora que é a maternidade.
Para você que acaba de receber nos braços o “divino fardo” da vida pulsante de um filho ou filha, nosso respeito e gratidão. Obrigado por não tê-lo abortado! Meu planeta precisa de vida, de homens e mulheres boas e educadas, cheios de amor. Desejamos imensamente que o SEU FILHO ou a SUA FILHA esteja em seus braços com a missão de AJUDAR O MUNDO.
Para as mulheres maravilhosas que “maternam” homens fracos, fortes, valentes ou frágeis, adultos ou meninos, velhos e cansados, jovens ou doentinhos... O nosso AMOR SEM FIM... Vocês que adotam os filhos das outras e lhes dão amor, e vocês que adotam homens débeis e lhes transformam em fortes... MUITO OBRIGADO!
MUITO OBRIGADO a essas são as mães que escolheram ser mãe, cultivam tesouros nas entranhas da alma, abnegando de sim para oferecer ao mundo os filhos e filhas de DEUS que lhes foram emprestados porque são dignas da confiança do nosso PAI CELESTIAL.
Perante essas considerações, reflitamos: Parentesco corporal e parentesco espiritual dependerão sempre de quanto você e eu fizermos com o uso do BEM para nos afastar do MAL, que ainda reside em nós.

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