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segunda-feira, 12 de março de 2012

RFLEXÕES ESPÍRITAS: A Parábola das Bodas



Capítulo 18 de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec – Muitos os chamados e poucos os escolhidos. Itens 1 e 2 – Parábola da Festa de Núpcias (ou Parábola das Bodas).



Nossa reflexão de hoje examina à luz da Doutrina Espírita a PARÁBOLA DAS BODAS narrada pelo Evangelista Mateus em seu Evangelho, capítulo 22 versículos 1 a 4.

A Parábola das Bodas parece uma história fantástica, bem ao gosto da cultura oriental, ela narra o casamento de um príncipe para o qual o Grande Rei prepara uma festa suntuosa despachando seus emissários para buscar os convidados. Alguns dos servos apanharam, outros morreram e ninguém aceitou ao convite. Finalmente, o rei manda que fossem às ruas buscar todos os que encontrassem, bons e maus, para a festa. Entre os que compareceram porém um se achava sem a VESTE NUPCIAL (roupa adequada) e ordenou o rei que lhe jogassem onde há trevas e ranger de dentes, porque MUITOS SÁO OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS.

A história parece um enigma a princípio, mas ela simboliza a relação de DEUS (o Grande Rei) com a TERRA (o seu Reino). A humanidade são os convidados. O NOIVO  é Jesus... Seus emissários são os profetas e missionários que pagaram com a vida sua tarefa de convidar os homens para a Verdade Imortal que traria Jesus com a boa nova da LEI DE AMOR.

MUITOS SÁO CHAMADOS MAS POUCOS OS ESCOLHIDOS representa exatamente a nossa postura de adiar a nossa adesão à verdade espiritual. Todos somos convocados diariamente ao testemunho de nossa FÉ NO BEM perante os desafios da vida para que nos comportemos com ética, bondade e amor.
Apegados ainda à superficialidade dos valores meramente materiais, e sensoriais (todos transitórios) vamos a cada dia RECUSANDO O CONVITE que Deus nos faz através de inúmero portadores da verdade, a fim de que compareçamos à grande festa espiritual da nossa redenção pelo AMOR.

A Providência Divina jamais cessa de enviar à Terra seus emissários, cada um deles encarregados de revelar pouco a pouco uma faceta da verdade que resplandece vitoriosa com a restauração dos ensinos de Jesus através do advento do ESPIRITISMO.

Em toda a história anterior à vinda do Cristo, a Terra foi visitada por mensageiros celestiais que iniciaram o trabalho de sensibilização do homem para o advento da Lei do Amor, personificado em Jesus de Nazaré.
Buda, Confúcio, Lao-Tsé, Parmênides, Pitágoras, Anaximandro, Sócrates, Platão, Aristóteles, Hermes e todos os profetas hebreus que sucederam a Moisés foram esses iniciados que preparam o solo do coração humano para as sementes que Jesus, o divino semeador, viria mais tarde cultivar na aridez de nosso espírito.

Jesus surge fulgurante na noite escura de nossa ignorância trazendo sua claridade solar e transformando o DEUS DO MEDO dos antigos hebreus no DEUS DA ESPERANÇA, ensinando-nos a chamá-lo de PAI NOSSO!

Mas os interesses mundanos que nos dominam a todos que ainda estagiamos nas faixas primárias da compreensão, transformou a mensagem singela da fraternidade pura que o Cristo de Deus nos trouxe em mercadoria de varejo. Vedemos o Cristianismo puro e simples, amoroso e bom em troca de PODER, PRESTÍGIO, FAMA E DOMÍNIO.

A Idade das Trevas trouxe de volta a escuridão ao pensamento. Sem filosofias! Sem poesia! E acima de tudo SEM AMOR! O Cristo de Deus vestiu-se de púrpura e ouro fazendo-se representar pelos sacerdotes romanos de todos os tempos que todo tipo de atrocidade cometeu, mercadejando a mensagem do cordeiro em troca de moedas vis. Jesus teve em nós, milhares de Judas que O traíram fingindo beijar-lhe a face.

O Espiritismo porém aparece em pleno SÉCULO DAS LUZES como facho celestial a romper as trevas. Cumpre ao seu tempo a promessa feita por Jesus de que nos mandaria O CONSOLADOR PROMETIDO.

O ESPÍRITO DA VERDADE,  líder de uma falange de falange de Espíritos Sábios orienta e preside ao estabelecimento do Espiritismo na Terra, e ficará conosco para sempre, conforme prometeu Jesus

O ESPIRITISMO nesse instante assume o seu papel de reviver o Cristianismo em sua feição primitiva e pura. Resgatar os ensinamentos de Jesus que haviam sido esquecidos e, retirando-lhes as alegorias e os detalhes circunstanciais, desnudar lhes a grandeza moral.

A Doutrina dos Espíritos sucede ao Cristianismo, trazendo o DEUS DO 
AMOR E DA RAZÃO que não mais se teme mas no qual se CONFIA porque se pode usar a RAZÃO, a LÓGICA e o BOM SENSO para entender a Sua grandeza sempiterna.

A FÉ recebe alta dos sanatórios. FÉ CEGA nunca mais! Com o Espiritismo a fé passa a ser raciocinada. Volta a liberdade de pensar, de interrogar, de filosofar e de CRER não porque nos mandaram crer, mas porque se EXPERIMENTOU pessoalmente ou usando a razão no encadeamento de nossos achados científicos e filosóficos.

E a VESTE NUPICIAL? Aquela pela qual o convidado imprevidente foi mandado pelo Grande Rei para ser castigado e sofrer... Ela representa o nosso ATRASO ESPIRITUAL. Não estamos todos ainda presos aos ciclos das reencarnações onde há sofrimento, dor, provas e expiações exatamente porque nos deixamos arrastar pelas paixões da matéria?

A VESTE NUPCIAL é exatamente aquela condição em que o homem rende-se à LEI DO AMOR, amor que purifica e nos lava os tecidos sutis do perispírito. Que nos coloca prontos para prestigiar a Grande Festa de Casamento de JESUS com a HUMANIDADE, inaugurando a era nova de PLANETA DE REGENERAÇÃO a que está destinada a nossa amada TERRA.

A roupa adequada para essa festa não se encontra a venda. Não se pode comprá-la, porque não é material, mas fabricada com a substância moral de nossa regeneração, de nossa modificação íntima para o bem.

Enquanto essa mudança não acontecer, estaremos ainda presos às reencarnações expiatórias. E cá entre nós, EU PESSOALMENTE já estou farto desse negócio de sofrimento e dor!

AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO não tem nada a ver com religiosidade, mas com CAPACIDADE INTELECTUAL! Aquele que pensa nas consequências de seu DESAMOR, ORGULHO E EGOÍSMO chega facilmente ä conclusão de que AMAR é preço menor que sofrer.

Usando hoje nossa inteligência somos capazes de nos avaliar e ver claramente quais são nossos pontos fracos que ainda nos prendem ao sofrimento e à dor. 
É por isso que todo CENTRO ESPÍRITA SÉRIO promove em suas fileiras cursos que preconizam o AUTOCONHECIMENTO a fim de patrocinar a nossa MELHORIA MORAL e nos arrancar por nosso próprio esforço das reencarnações expiatórias.

Com a prática do bem, a adesão incondicional à caridade, pouco a pouco vamos eliminando as sujidades que encobrem a nossa VESTE NUPCIAL e substituindo vícios e imperfeições por virtudes, qualidades.

Claro que dá trabalho! Qual das conquistas de sua vida não foi feita com esforço? A compensação desse esforço porém é o fato de que não são conquistas transitórias como um carro importado, uma casa, um título acadêmico, um corpo perfeito ou uma relação afetiva de êxtases! As conquistas morais são para sempre, porque são os únicos bens que você consegue levar deste mundo e trazer para seu uso em vida futura...

Vale refletir na inutilidade e no estrago que nosso ORGULHO e nosso EGOÍSMO tem trazido às nossas vidas e ATRAVÉS DO AMOR aderirmos ao programa de crescimento espiritual traçados por nós por JESUS, o Mestre de nossa vidas, que tem o único objetivo de nos conduzir à FELICIDADE.

Terminamos com as considerações de Allan Kardec, acerca de nosso tema: “Mas não basta ser convidado; não basta dizer-se cristão, nem tampouco sentar-se à mesa para participar do banquete celeste”. 

“E necessário, antes de tudo, e como condição expressa, vestir a túnica nupcial, ou seja, purificar o coração e praticar a lei segundo o espírito, pois essa lei se encontra inteira nestas palavras: Fora da caridade não há salvação. Mas entre todos os que ouvem a palavra divina, quão poucos são os que guardam e a aproveitam!”

“Quão poucos se tornam dignos de entrar no Reino dos Céus! Foi por isso que Jesus disse: Muitos serão os chamados e poucos os escolhidos”.

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