Salvador Dali - Geopoliticus Child Watching the Birth Of A New Man - 1940 |
Capítulo 17 de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec – Sede Perfeitos
– item 10 – O Homem
no Mundo.
Nosso
tema é uma página de “Um
Espírito Protetor”
escrita mediunicamente em Bordeaux, 1863. e o nosso
objetivo é descobrirmos qual o comportamento
ideal para o homem e a mulher
no mundo em
que vivemos e como
podemos conviver com os prazeres
e tentações terrenos
sem nos
deixar dominar por eles.
Todas
as oportunidades de convívio
entre nossos
semelhantes encerram oportunidades de exercitamos o bem.
A vida não
improvisa, não
há encontros casuais.
Estamos o tempo todo
atraindo para o nosso
convívio pessoas
que se afinam com
a nossa maneira
de ser e pensar;
Para nós
que nos
reunimos neste Chat em
nome de Jesus, atitude
ideal nos
relacionamentos do cotidiano é priorizarmos a humildade e o respeito
sem qualquer
sentimento inferior
em nossos
corações.
“Um sentimento
de piedade deve sempre
animar o coração
dos que se reúnem sob
as vistas do Senhor
e imploram a assistência dos bons espíritos”
Os
bons espíritos
nos atendem nos
atendem as preces quando
pedimos com humildade
e sinceridade, e quando
percebem em nós
o propósito de nos
melhorar interiormente.
Jamais nos
atendem porém para
satisfazer nossas futilidades.
Ensina o autor
da página em
estudo que
não é preciso
que vivamos o tempo
todo em
prece para
recebermos a ajuda da Divina Providência. A nossa ATITUDE de reverência a DEUS
pode ser algo
que emana do nosso
espírito incessantemente.
Basta que
incorporemos à nossa conduta o AMOR
ensinado por Jesus;
“A
Providência divina
jamais deixa
de atender nossas súplicas,
desde que
partam de um coração
sincero e predisposto a evoluir e purificar-se”.
A
ligação com
o Criador é sempre
necessária e salutar.
Contudo, não
significa vivermos uma vida mística, que nos isole da sociedade em que vivemos.
Pelo contrário,
quanto mais
nos empenhamos no campo
da FRATERNIDADE e convívio
edificante com
o próximo, mais
ligados estaremos com Deus. O trabalho útil, a palavra
amorosa, o conforto
e a solidariedade são
formas de prece.
“Deus quer que pensemos Nele, mas
cumprindo nossos deveres
no mundo, vivendo como
devem viver os homens
de nossa época”.
Não de vemos absolutamente evitar o contato das
pessoas que
não pensam como
nós. Devemos viver
pacificamente com todos,
colaborando com o bem
estar comum,
vivendo o Evangelho sem
exigir que
os outros nos
imitem.
“No
mundo, somos chamados a conviver com espíritos de naturezas
diferentes e caracteres
opostos, que
requisitam de nós a compreensão,
o respeito e a cooperação”.
Podemos
viver no mundo
sem pertencer
a ele, isto
é, sem nos
deixar envolver pelos vícios, tentações e prazeres
mundanos. Para isso, é necessário
que estejamos com
o pensamento sincera
e constantemente voltado ao Criador que assim nos
auxiliará a tomar o caminho
certo, nos
momentos decisivos.
Podemos
viver os prazeres
do mundo, pois
a condição humana
nos permite. O que
não devemos é abusas dos prazeres e a eles
nos escravizar.
Paulo sabiamente afirmou: “Todas as coisas
me são
lícitas, mas nem
todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas
eu não
me deixarei dominar
por nenhuma”. (1 Coríntios 6:12)
Não precisamos viver
FANATIZADOS, alienados do mundo e das nossas necessidades
de lazer, sexo,
conforto e alegrias.
É no EXAGERO que
reside a nossa viciação e no DESRESPEITO que
moram os nosso compromissos
cármicos mais dolorosos.
Se
tudo nos
é permitido pelo
livre arbítrio, porém
FERIR, MAGOAR, ULTRAJAR E TRAIR nos relacionamentos interpessoais
da vida humana
é sementeira de complicações que o no futuro
nos exigirá colheita
e cuidados.
“Não consiste virtude
em assumirdes severo
e lúgubre aspecto,
em repelirdes os prazeres
que as vossas condições
humanas vos permitem”
Se
podemos usufruir dos prazeres
do mundo, onde
estaria então a perfeição?
Na prática da caridade
(o amor em
ação) junto
aos nossos semelhantes,
conforme nos
ensinou Jesus.
“Fugir do mundo a título de pureza
na maioria das vezes,
é simples hipocrisia”.
Para o homem
e a mulher no mundo,
na prática da caridade
está o caminho que
conduz á perfeição, meta
que inevitavelmente todos
atingiremos, um dia.
A
caridade - entendida
como o amor
universal no cuidado
amoros de uns para com
os outros - é obrigação
que atinge a todos
e não a uma determinada
camada social
somente.
“Os deveres
da caridade atingem a todos, desde o menor até o maior, porque o
cristão existe para
servir, independente da
posição social
que ocupe”.
Não há mérito
algum em
nos isolarmos do mundo
sob a alegação
de não querermos contagiar-nos pelos vícios e prazeres terrenos.
É exatamente no contato
com as facilidades
da vida que
a religião batizou de TENTAÇÕES que nós vamos nos
melhorando.
Resistindo
ao arrastamento das nossas más tendências
damos mostras a nós
mesmos de nosso
gabarito para
enfrentar o mal que
ainda existe em
nós.
Natural que
procuremos as companhias que se nos
afinizam com nosso
desejo de crescermos espiritualmente, mas
evitar o irmão
ou irmã que
não age conforme
nossos padrões
morais É FALTA
DE CARIDADE.
Pensar que
somos MELHORES QUE
OS OUTROS somente
porque hoje
o convite de JESUS á renovação espiritual
nos toca o coração é pura pretensão. Ainda
somos vulneráveis ao chamamento dos vícios e atitudes
do passado, e é trabalhando dia a dia que realmente
vamos nos diferenciando do HOMEM VELHO que fomos para nos tornarmos homens
(e mulheres) de bem,
conforme ensina
o Evangelho.
É
unicamente no contato com os semelhantes,
nas lutas mais
árduas, que os homens
e mulheres encontram no mundo o ensejo de participar da caridade,
usufruindo dela ou praticando-a, pois que somos ainda todos
necessitados da bondade uns dos outros.
“Aquele pois, que se isola, priva-se voluntariamente do mais precioso meio de aperfeiçoar-se”
Enquanto viver
a vida do egoísta, que
se isola temendo o perigo, o homem nada
progredirá, pois não
colabora com o bem
geral de todos.
Os vícios,
tentações e prazeres
do mundo não
devem constituir obstáculos
para que
vivamos bem com
os homens e mulheres
de nossa época.
Reportando sempre
os nossos atos
ao Criador, teremos o auxílio e a intuição necessários nos
momentos decisivos
de nossa vida.
O convívio com
o semelhante é o meio
que Deus
nos concede para
desenvolver em
nós o sentimento
de fraternidade e amor
ao próximo.
The Three Sphinxes of Bikini (1947) |
Excelente texto, comentando os ensinamentos do Evangelho Segundo o Espiritismo, que traz de volta o Evangelho de Jesus. Parabéns pela clareza e simplicidade nos comentários. Abraço Fraterno!
ResponderExcluirTexto ESCLARECEDOR, CONSOLADOR e que nos dá ESPERANÇA.Gostei muito pois foi escrito de forma simples,clara e objetiva.Obrigada.
ResponderExcluirMuito bom o texto André. Abraço.
ResponderExcluirObrigada, André. Suas reflexões me audarão na minha exposição sobre o mesmo tema. Um abraço.
ResponderExcluirEnquanto viver a vida do egoísta, que se isola temendo o perigo, o homem nada progredirá, pois não colabora com o bem geral de todos.
ResponderExcluirTexto muito esclarecedor que me ajudara também em um estudo bíblico sobre o tema.
ResponderExcluirObg pelas palavras 👏👏
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