Capítulo
17 de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec – Sede Perfeitos
– Item 7 – O dever.
Nossa reflexão da noite
de hoje analisa a questão
do DEVER conforme
as considerações do espírito
LÁZARO, inserida no Evangelho
Segundo o Espiritismo...
Ensina Lázaro: “... O dever começa no ponto em que ameaçais
a felicidade ou
a tranqüilidade de vosso
próximo; termina no limite
que não
gostaríeis de ver ultrapassado em
relação a vós
mesmos”.
A maioria de nós interpreta a questão do
DEVER como algo penoso,
desagradável, sacrificial... mas na verdade não PRECISA SER ASSIM.
O DEVER que
você assume pode ser
encarado como uma escolha:
ESCOLHO FAZER ISSO PORQUE: as
conseqüências são
desejáveis, porque me
dá bem estar, porque ganho resultados em troca... e assim
sucessivamente.
Avaliando por esse ponto de vista O DEVER passa a ser encarado como uma OPÇÃO
DA ALMA que
busca conforto,
bem estar, compensação, realização,
felicidade...
Muitos de nós levantamos hoje
da cama nesta manhã
de domingo movidos pela
noção do DEVER
com relação
a tarefas e afazeres
que encaramos como
NOSSAS OBRIGAÇÕES (e lá vem de novo a noção de trabalho forçado a que você é OBRIGADOOO!). Se pensarmos que
NÓS ESCOLHEMOS essas tarefas porque são interessantes por
vários motivos,
nosso DOMINGO
será encarado como algo
leve e prazeroso.
Vamos a partir daqui, seguir um roteiro
traçado pelo espírito
Hammed na análise de O DEVER
(Contigo Mesmo
- do livro: Renovando Atitudes, de
Hammed, psicografia de Francisco do Espírito
Santo Neto).
Como decifrar o dever? De que maneira observar o dever íntimo impresso
na consciência, diante
de tantos deveres
sociais, profissionais
e afetivos que
muitas vezes nos
impõem caminhos divergentes?
Efetivamente, nascemos e
crescemos apenas para
sermos únicos no mundo.
Em lugar
algum existe alguém
igual a sua
maneira de ser;
portanto, não
podemos perder de vista
essa verdade, para encontrar o dever que nos compete
diante da vida.
O seu primordial compromisso é CONTIGO
MESMO, e sua
tarefa mais
importante na Terra,
para a qual você é o único preparado, é desenvolver sua individualidade
no transcorrer de longa
jornada evolutiva.
A preocupação com
os deveres alheios
provoca distanciamento das próprias responsabilidades, pois não concretizamos nossos
ideais nem
deixamos que os outros
cumpram com suas
funções.
Não nos referimos aqui
à ajuda real,
(CARIDADE – cuidado
amoroso e fraterno),
que é sempre
importante, mas
à intromissão nas competências
do próximo, impedindo-nos de adquirir
autonomia e vida
própria.
Assumir deveres dos outros
é SABOTAR OS RELACIONAMENTOS que
poderiam ser prósperos
e duradouros.
Por não compreendermos bem nosso interior,
é que nos comparamos aos outros,
esquecendo-nos de que nenhum de nós
está predestinado a receber, ao mesmo tempo, os
mesmos ensinamentos
e a fazer as mesmas coisas,
pois existem inúmeras formas
de viver e evoluir.
Lembremos que devemos nos
importar apenas
com a NOSSA
MANEIRA DE SER
E VIVER.
Não podemos nos esquecer que aquele que se compara com
os outros acaba se sentindo elevado ou
rebaixado. Nunca se dá o devido valor e nunca se conhece verdadeiramente.
Você é único na vida. Seus deveres são somente seus, e são em verdade escolhas da tua alma
que sempre
acerta no curso
educativo que
segue para a perfeição. A
alma tem feeling próprio,
um jeito
impar de eleger
O SEU CAMINHO...
Seus empenhos íntimos
deverão ser voltados apenas
para sua pessoa, e nunca deveremos
tentar acomodar pontos de vista
diversos, porque,
além de se perderes,
não ajustará os limites
onde começa
a ameaça à tua felicidade,
ou à felicidade
do teu próximo.
Muitos acreditam que seus deveres são corrigir e reprimir as atitudes alheias. Vivem em
constantes flutuações
existenciais, por não
saberem esperar o fluxo
da vida agir naturalmente.
Dizem sempre que suas obrigações
são “em
nome da salvação” e, dessa forma, controlam as coisas
ou as forçam acontecer,
quando e como
querem.
FORÇAR ALGO é muito diferente de DAR FORÇA a alguma coisa. Quando você SE FORÇA a alma se
rebela e sabota a decisão... Quando você se DÁ FORÇA seu espírito plenificado sente-se respeitado e adere ao programa, fazendo tudo
em favor da META ESCOLHIDA.
DAR FORÇA PARA ALGUÉM portanto,
e logicamente, não tem nada a ver com FORÇAR, ou impor nossos modelos
e crenças, diretrizes
e roteiros que
são bons
para NÓS
NESTE MOMENTO EVOLUTIVO
e podem não ser
para o outro,
nem para nós mesmos, mais adiante.
Dizemos:
“Fazemos isso porque
só estamos tentando ajudar”.
Forçamos eventos, escrevemos roteiros, fazemos o que
for necessário para garantir que os atores e as cenas
tenham o desempenho e o desenlace
que determinamos e acreditamos, insistentemente, que
NOSSO DEVER É
SALVAR as almas,
não percebendo que
só podemos salvar
a nós próprios.
Nosso dever é redescobrir o que é verdadeiro
para nós e não esconder nossos sentimentos
de qualquer pessoa
ou de nós
mesmos, mas
sim ter liberdade e segurança em nossas relações
pessoais, para
decidirmos seguir na direção
que escolhemos.
Não “devemos”
ser o que nossos pais ou a sociedade querem nos impor ou definir como melhor.
Precisamos compreender que NOSSOS OBJETIVOS
E FINALIDADES de vida
têm valor unicamente para
nós;
os dos outros, particularmente para eles.
OBRIGAÇÃO pode ser conceituada como sendo o que
deveríamos fazer para agradar as pessoas ou para nos enquadrar no que elas
esperam de nós; já
O DEVER é um processo de pesquisar a nós mesmos,
descortinando nossa estrada
interior, para
logo depois
materializá-la num processo lento
e constante.
Ao
decifrarmos nosso real
dever, uma sensação
de auto-realização toma conta
de nossa atmosfera
espiritual...
Passamos a apreciar os verdadeiros e fundamentais
valores da vida,
associados a um
prazer inexplicável.
Lembremo-nos
da afirmação do espírito Lázaro em O Evangelho
Segundo o Espiritismo:
“O dever é a obrigação moral, diante
de si mesmo
primeiro, e dos outros
em seguida”.
JESUS o mais perfeito modelo de cumpridos do dever para com DEUS e para consigo mesmo, por amor a nós assumiu o DEVER de nos guiar na senda evolutiva.
JESUS em cumprimento do que ESCOLHEU COMO
SENDO SEU DEVER
de educador da humanidade,
deu-se inteiro ao mundo
para que sua mensagem; AMA AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO
estivesse hoje nos
orientando a vida, neste momento de Encontro
É Ele, Jesus de Nazaré, o homem
que se entregou inteiro
ao sacrifício e a dor,
com o objetivo
de nos ajudar
a sermos melhores, observando seus ensinamentos
como UM
DEVER DA ALMA
PARA COM A SUA PRÓPRIA FELICIDADE.
Assumamos perante Ele, no
aqui e agora
da vida, O DEVER
DE NOS AMARMOS MAIS
e nos amando mais,
amarmos aos demais, porque
somos todos um;
Somos todos “um só rebanho e um só é o Pastor” e por isso somos irmãos
com o DEVER
de nos respeitar
nas diferenças, servindo os mais fortes de apoio aos mais fracos, os mais
inteligentes de instrutores
dos menos sábios...
Desse rebanho simbólico, que
Jesus disse “nenhuma ovelha se perderia”
todos nos
salvaremos... o que significa; TODOS SEREMOS FELIZES,
e felizes mais
rápido se abraçarmos desde já o Evangelho de Cristo
como bússola
da alma, no DEVER
de nos ajudar
para sermos ajudados.
TUDO VAI BEM NESTE MUNDO, porque o DEVER que nos orienta
o espírito é o de SERMOS PLENAMENTE FELIZES...
Não fujamos da FELICIDADE,
dever primordial
da alma para consigo mesmo. Porque SOMOS TODOS
UM!
Para saber mais, leia a lição CONTIGO MESMO do livro Renovando Atitudes, do Espírito Hammed. |
Linda mensagem linda explicação Obrigada gratidão
ResponderExcluirA Bibliografia é boa.
ResponderExcluiro texto ampliou minhas reflexões sobre o tema. Muito bom!
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