Powered By Blogger

terça-feira, 1 de setembro de 2009

REFLEXÕES ESPÍRITAS – A quem muito foi dado, Muito será pedido



Tema do Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec: Capitulo XVIII Muitos os chamados... item 10 a 12 A quem muito foi dado, Muito será pedido.

Fonte de Estudo: O Capítulo XVII - Sede Perfeitos.

"O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam.

M
uitos, entretanto, dos que acreditam nos fatos das manifestações não lhes apreendem as conseqüências, nem o alcance moral, ou, se os apreendem, não os aplicam a si mesmos. A que atribuir isso? A alguma falta de clareza da Doutrina? Não, pois que ela não contém alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza e da sua essência mesma e é donde lhe vem toda a força, porque a faz ir direito à inteligência. Nada tem de misteriosa e seus iniciados não se acham de posse de qualquer segredo, oculto ao vulgo.

S
erá então necessária, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, tanto que há homens de notória capacidade que não a compreendem, ao passo que inteligências vulgares, moços mesmo, apenas saídos da adolescência, lhes apreendem, com admirável precisão, os mais delicados matizes. Provém isso de que a parte por assim dizer material da ciência somente requer olhos que observem, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau de instrução, porque é peculiar ao desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encamado.

N
alguns, ainda muito tenazes são os laços da matéria para permitirem que o Espírito se desprenda das coisas da Terra; a névoa que os envolve tira-lhes a visão do infinito, donde resulta não romperem facilmente com os seus pendores nem com seus hábitos, não percebendo haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que são dotados. Têm a crença nos Espíritos como um simples fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as tendências instintivas. Numa palavra: não divisam mais do que um raio de luz, insuficiente a guiá-los e a lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes sobrepujar as inclinações. Atêm-se mais aos fenômenos do que a moral, que se lhes afigura cediça e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente os iniciem em novos mistérios, sem procurar saber se já se tornaram dignos de penetrar Os arcanos do Criador.

E
sses são os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que lhes compartilham das fraquezas ou das prevenções. Contudo, a aceitação do princípio da doutrina é um primeiro passo que lhes tornará mais fácil o segundo, noutra existência.

A
quele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé. Um é qual músico que alguns acordes bastam para comover, ao passo que outro apenas ouve sons. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas más inclinações. Enquanto um se contenta com o seu horizonte limitado, outro, que apreende alguma coisa de melhor, se esforça por desligar-se dele e sempre o consegue, se tem firme a vontade".

Muitos de nós encaramos o ESPIRITISMO como um pronto socorro. Uma loja de departamentos à disposição de nossos caprichos onde ao troco de algumas poucas práticas obtemos o que desejamos para comodidade de nossas vidas.

A
dentramos às portas da Casa Espírita como o comprador que busca objetos, indiferentes à proposta de modificação moral que QUALQUER RELIGIÃO oferece se encarada com sinceridade em seus princípios básicos.

M
ercadejamos com a VERDADE como se ela fosse simples quinquilharia... Buscamos nos ESPÍRITOS tão somente lacaios que nos sirvam às futilidades, desejosos de resolver nossos problemas com o sacrifício alheio... Para nós, sejam guias ou benfeitores, iluminados ou aprendizes da espiritualidade, o que importa é que os ESPÍRITOS NOS SIRVAM e nos sirvam bem...

Diz Kardec nos texto em estudo: "Os médiuns que obtêm boas comunicações são ainda mais repreesíveis por persistirem no ma, pois escrevem frequentemente a sua prórpia condenação, e se não estivessem cegos pelo orgulho, reconheceriam que os espíritos se dirigem a eles mesmos".

Lembrando esse alerta do insígne Codificador do Espiritismo, destacamos para nossa reflexão uma mensagem recebida por nossas faculdades mediúnicas em sessão pública na Casa Espírita em que servimos, ofertada por um benfeitora espiritual para nossa edificação, intitulando:

ALÍVIO E CURA

É
comum que o ESPIRITISMO, por sua feição de Pronto Socorro Espiritual com capacidades multidisciplinares de atendimento às criaturas, receba às suas portas as mais variadas expressões de necessidades em busca de soluções.

B
usca, a maioria, o alívio das dores que lhe afligem das mais variadas formas.

E
ste, visitado pela perda do ente querido, busca alívio na consolação, através das notícias alvissareiras da imortalidade.

A
quele outro, alcançado pela dor do desequilíbrio no organismo do próprio lar, busca alívio na pacificação interior, com efeito imediato na conquista da harmonia.

O
utro ainda, pede pelo mal do corpo que lhe aflige a saúde, recorrendo às energias refazedoras do passe e da água fluidificada, qual analgésicos instantâneos ao alcance da mão.

P
orém é preciso lembrar que se o ESPIRITISMO realmente oferece alívio a todas as dores do corpo e da alma, em última análise, alívio é muito diferente de cura.

Q
uem cogite adentrar o ESPIRITISMO na orientação kardequiana sem empreender modificação real, visceral e profunda em seu interior, iguala-se ao doente que se ilude alcançar a remissão da dor atroz do corpo à simples leitura da bula do medicamento, sem contudo ingeri-lo.

O ESPIRITISMO está equipado pelo Plano Maior com recursos de consolação e alívio através da boa vontade de seus servidores e das energias canalizadas do Plano Espiritual. Porém o remédio capaz de curar efetivamente aqueles que lhe batem à porta é o EVANGELHO DE JESUS em sua feição de Renovador do Espírito.


S
omente a reforma interior através do auto-enfrentamento sem temor pode ajudar a tornar sã a condição daquele que ressona confortável ainda na infância evolutiva, para assumir desperto a maturidade de alma em reconstrução.

A
té porque, embora entres e saias porta adentro e afora das casas espíritas na condição de buscador de alívio ou simpatizante, a Vida há de lhe renovar sempre o convite para que te aproximes do ESPIRITISMO na condição de servidor.


Algumas perguntas foram a mim sucitadas pelo texto acima a fim de podermos verificar se no esforço de sermos BONS ESPÍRITAS temos conseguido a alegria de nos tornarmos ESPÍRITAS BONS:

1. J
á exemplifico o perdão dentro de casa tanto quanto desejo ser perdoado e respeitado em minhas limitações e deslizes pelos que respiram comigo a atmosfera abençoada do LAR?

2. T
enho demonstrado a indulgência para com os erros alheios, calando a crítica e a acusação, compreendendo que posso resvalar no mesmo tropeço que meu irmão se encontra?

3. Sei praticar a CARIDADE DESINTERESSADA além da oferta de moedas, pão e agasalho... na palavra que auxilia, no exemplo que dignifica, na conduta que educa, no silêncio que perdoa, no gesto que incentiva o bem e, principalmente, na humildade de ser o que sou, buscando melhorar a cada momento?

4. F
alo a VERDADE com brandura medindo a conveniência do que digo, envolvendo as palavras com o clima da misericórdia e gentileza, diferenciando SINCERIDADE de CRUELDADE ou ainda me demoro no pedestal orgulhoso de defensor da REALIDADE DOA A QUEM DOER esquecido de que a VERDADE cruel de mim mesmo também machuca meu coração quando refvelada sem o anestésico da indulgência e o curativo da caridade?

5. F
aço diariamente um exame de consciência antes de dormir a fim de examinas meus pontos falhos, planejar reparações de erros e ofensas e buscar estratégias de comportamento que me ajudem a melhorar ou deito-me tranqüilo no travesseiro da inconseqüência esquecido de que sou ESPIRITO ETERNO nascido para viver e crescer, que dará conta aos maiorais da Vida Espiritual de cada ato em desacordo com as divinas e misericordiosas LEIS DE DEUS?

6. C
omo me saio na equação VERBO de espírita – versus – AÇÃO no bem de todos? Sou daqueles que ainda usam a envilecida técnica do FAZ O QUE EU MANDO MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO em flagrante incoerência com a doutrina transformadora que digo professar?

7. F
aço dos espíritos bondosos meus LACAIOS e MORDOMOS abusando da bondade ou da ignorância desses agentes espirituais para buscar facilidades na vida material e afetiva ou já entendo que os luminares da espiritualidade atuam em meu favor com ensinamentos, inspirações e energias de apoio tão somente nas ocasiões em que com MEU ESFORÇO PRÓPRIO não venço as dificuldades comuns a vida de todos, sem privilégios ou concessões que ainda não mereço?

8. Q
ual a qualidade de minhas preces e orações? Já sei pedir força e coragem para enfrentar a dificuldade ou ainda uso o recurso da oração para NEGOCIAR com DEUS facilidades que não mereço? Já sei usar a PRECE DE GRATIDÃO a Deus, a Jesus ou aos bons espíritos agradecendo até mesmo meus problemas desafios que se apresentam para desenvolvimento das minhas qualidades espirituais ou em minhas orações me demoro na queixa e na reclamação de criança mimada, equivocada quanto ao próprio dever de viver, aprender, lutar e servir?

9. C
ontento-me com o que sou, acomodando-me na poltrona da negligência, acreditando equivocadamente que “pau que nasce torto morre torto” ou experimento diariamente o desconforto de minhas imperfeições, lutando desassombradamente contra elas na ânsia de progredir com a ajuda de DEUS?

10. S
ei usar o SERVIÇO AO PRÓXIMO como ferramenta de educação de minha alma, buscando me superar em servir sem reclamar, sem medir esforço e sem esperar recompensa ou ainda estou na velha pratica do PRIMEIRO EU, SEGUNDO EU, TERCEIRO EU... esquecido de que Jesus me ensinou que “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida para a redenção de muitos” ?

2 comentários:

  1. Paizão, seu blog tá show!!! Parabens meu amado Pai, Mentor e Dindo! Te amo!
    Que Jesus te abençoe cada vez mais!!!

    ResponderExcluir
  2. Ah, te achei danado!!!Tanto tempo que eu queria saber desse seu Blog, e agora como eu sou "fusona" achei quando esta pesquisando um tema do ESE Cap.XVIII.
    Beijão, De Marchi

    ResponderExcluir