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segunda-feira, 24 de abril de 2017


EVANGELHO NO FACEBOOK de 16 de Abril de 2017: Capítulo 5 – Bem Aventurados os Aflitos – item 21 – Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras – Instruções dos Espíritos – Uma mensagem do Espírito Sansão, Antigo membro da Sociedade Espírita de Parias, 1863.


TEMA: Capítulo 5 – Bem Aventurados os Aflitos – item 21 – Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras.

O Espírito autor da mensagem, Sansão, fora membro da Sociedade Espírita de Paris, e desencarnara a não muito tempo, e é significativo que ele venha falar aos seus companheiros sobre a morte de entes queridos.

Justamente ele, homem estimado como bom e leal amigo dos membros daquele que foi o “Primeiro Centro Espírita do Planeta Terra”, vinha pessoalmente tanto CONSOLAR os corações queridos que lhe queriam bem quanto INSTRUIR os presentes acerca de tema tão importante.

É comum quando sabemos da morte de jovens ou mesmo crianças em nossas famílias ou ao nosso redor, surgir a incompreensão ou mesmo uma manifesta revolta, contra Deus: - Porque justamente ele? Porque não ceifaste a vida de um homem mau ou velho e nos tirar-te a dessa criança querida? Porque a vida dele, que tinha todo um futuro pela frente termina enquanto outros permanecem desgostosos da vida que desejam muito a morte?

Esses questionamentos são justos e compreensíveis quando se trata de criaturas ainda desconhecedoras da JUSTIÇA DE DEUS e ignorantes ainda da destinação espiritual das criaturas, bem como do processo evolutivo que se processa pela alternância sucessiva dos Espíritos, ora aprendendo e experimentado a VIDA na dimensão material, ora o fazendo na dimensão espiritual, porque a vida jamais cessa.

Nas próprias questões acima é possível detectar a nossa ignorância ou mesmo o egoísmo humano típico de nossa condição evolutiva. Nos cremos privilegiados e desejamos que a Divindade se dobre aos nossos caprichos e desejos imediatistas e egoísticos sem levar em consideração a planificação perfeita de Deus.

A revolta diz: - Porque justamente ele? – Vejamos nosso egoísmo e crueldade: porque ele está na vida sujeito às mesmas leis que todos. Preferiríamos que a dor acontecesse apenas na casa do vizinho e não na nossa. Que a guerra, a morte, o acidente, enfim – a morte que chamamos de PREMATURA – chegasse aos outros sem arranhar nossos seres queridos.

A revolta prossegue: Porque não ceifaste a vida de um homem mau ou velho e nos tirar-te a dessa criança querida? – Acaso sabemos quais as necessidades desse Espírito para partir tão cedo? Desejaríamos em nosso egoísmo reter junto de nós um Espíritos eu NÃO NECESSITA SOFRER as vicissitudes dessa existência... Muitas vezes aquele que parte prematuramente já cumpriu a sua tarefa na família e abre as asas para a liberdade espiritual. Para que sacrificá-lo num mundo que muitas vezes nos faz sofrer ao invés de compreendê-lo mais feliz na vida espiritual.

Quanto aos que julgamos indignos da vida, “de um homem mau ou velho” – lembremos que muitas vezes a encarnação prolongada é MISERICÓRDIA de Deus que lhe permite arrepender-se e renovar-se nas expiações de seus crimes ou no desconforto de uma senectude difícil.

A revolta argumenta ainda: Porque a vida dele, que tinha todo um futuro pela frente termina enquanto outros permanecem desgostosos da vida que desejam muito a morte? – O que sabemos nós do futuro? Acaso não vemos vidas cuja infância encanta e a juventude preocupa? Não vemos Espíritos que foram alvo de cuidados educativos esmerados pelos seus pais se perderem nos vícios, no crime ou na desilusão?

Quem poderia argumentar se a morte da criatura jovem não seja para ela um freio às suas paixões que pouco a pouco, pelas experiências sucessivas de ver-se sequestradas das ilusões terrenas, não vais e EDUCANDO a fim de corrigir-se moralmente e viver uma encarnação exitosa no futuro?

Outra questão para nossa reflexão é a PROVAÇÃO que a separação temporária daqueles que amamos representam em nossas vidas...

A partida de um ser que estimamos é muitas vezes uma modificação radical em nossa maneira de ser e viver. Nos faz resignificar a vida, enxergando a ESPIRITUALDIADE como a expressão real de nós mesmos.

As centenas de cartas recebidas por Chico Xavier de filhos e parentes desencarnados que voltam para consolar seus afetos são um eloquente testemunho dessa mudança.

Alguns pontos são constantes nesses acontecimentos: 1) - A pessoa consolada passa por modificação espiritual, valorizando a existência e vivendo com mais acerto a fim de merecer o reencontro na Pátria Espiritual. 2) - É aconselhada a praticar a CARIDADE como terapia para suas saudades e sai da zona de conforto encontrando no AMOR novo sentido para a vida. 3) - É pedido que não chorem e não lastimem, pois que esse estado psíquico AFETA ESPIRITUALMENTE os que partiram, uma vez que estamos todos ligados inexoravelmente pelas correntes mentais tecidas nos laços de amor. 4) - Fortalece a FÉ em DEUS e na vida.

Nós Espíritas encontramos fonte de consolação e compreensão desses fenômenos, abundantemente na literatura espírita e mediúnica. Não é porém lúcido de nossa parte nos revoltarmos com a morte.

Muitas vezes somos, os espíritas, acusamos de mórbida adoração da morte, pela naturalidade com que a encaramos. De forma nenhuma. O que acontece de verdade é que buscamos consolar a nossa dor da separação temporária – porque ela existe em nós, com a certeza do reencontro, a convicção da justiça de Deus naquele acontecimento como em tudo, além de trabalhar em nós mesmos a RESIGNAÇÃO à vontade Divina cuja sabedoria é inalcançável pelo nosso estado atual de ignorância.

A saudade não vai doer menos em você porque é Espírita, mas a convicção da imortalidade com toda certeza será o remédio ao alcance dessa dor passageira.

A oração não vai materializar os entes queridos que partiram para o abraço físico, mas vai entrelaçar suas almas em comunhão mental, trocando afeto e energias de sustentação mútua, continuando o trabalho de sustentação pelo amor que não se dissolve com a desencarnação.

A comunicação mediúnica nem sempre estará disponível para o correio fraterno de almas, mas as doces comunicações pelo pensamento cada vez que você manda mentalmente um pensamento de gratidão, de estímulo ou de coragem para aquele que partiu para novas experiência, certamente confortará seu coração tanto quanto um afetuoso bilhete.

A CARIDADE para com o próximo não será a mesma experiência que experimentaríamos se ao lado daquele que partiu estendêssemos o amor em ação... Mas fazendo o bem em nome ou em memória daquele ser que nos enfeitou a vida temporariamente com sua presença, estaremos fazendo um grande bem para nós mesmos e fortalecendo os laços que nos unem uns aos outros, criando novos amores espirituais na imensa família universal.

O Espiritismo venceu a morte. Demonstrou com todos os fatos que ela é umas grande MENTIRA. Enquanto o materialismo nos acena com a mensagem o NADA, o Espiritismo mostra a mensagem do eterno amanhã.

Significativo que este tema esteja sendo trazido exatamente hoje em que a Cristandade comemora sob a égide do calendário móvel da Igreja Romana, a ressurreição de Jesus, que de revela em seu corpo espiritual mostrando a cada um de nós que A VIDA CONTINUA em novos corpos e novas expressões de espiritualidade.

Recordemos Jesus que vive ainda trabalhando pela nossa edificação espiritual e pelo progresso da humanidade planetária.

Mesmo podendo alçar as glórias dos mundos superiores a que pertencem, não deixou de consolar os corações de Maria Madalena, dos apóstolos queridos, da mãezinha e dos miseráveis que lhe consagravam devoção.

É preciso que abandonemos a legião dos “Tomés descrentes” que ainda precisam tocar as chagas do sofrimento a fim de crer que a vida prossegue.

Tomé creu porque viu, mas Jesus abençoa aqueles que creem sem ter visto... Alcancemos esse grupo, os daqueles que entende pelo pensamento, fortificam-se pela fé e alcançam convicção pela razão: - Perde-se objetos, bens, coisas que são perecíveis... PESSOAS são para sempre. ESPÍRITOS são imortais. Os que partiram nos aguardam no grande porto da imortalidade onde podemos chegar embalados pelas doces ondas do oceano de amor ou pelos temporais bravios da revolta egoística nas ondas do orgulho...

Seu filho nunca foi SEU FILHO, sua filha nunca foi SUA FILHA, seus amores nunca foram SEUS... Pessoas não são bens, não são posses, pessoas pertencem a si mesmas. Ama com desapego. Que honra receber esse amigo, esse companheiro de jornada para um estágio conosco... Não é melhor pensar e sentir assim?

Nós e os outros possuímos propósitos próprios e estamos TEMPORARIAMENTE uns com os outros, saibamos valorizar as presenças do aqui agora, a fim de facilitarmos o REENCONTRO MAIS ADIANTE.

Como vivermos aqui, lá chegaremos... Vivamos o bem para os que partiram na dianteira possam nos receberem bem, dizendo: QUE BOM QUE VOCÊ VOLTOU! 

GRUPO - ESPIRITISMO - EVANGELHO NO FACEBOOK (Estudos Espíritas)





Reflexão do EVANGELHO NO FACEBOOK de 23 de Abril de 2017: Capítulo 5 – Bem Aventurados os Aflitos – item 22 - UM HOMEM DE BEM TERIA MORRIDO

TEMA: Capítulo 5 – Bem Aventurados os Aflitos – item 22 - Um homem de bem teria morrido


Essa Instrução Espiritual sob nossa reflexão, traz a assinatura de Fénelon, sobre o qual nos conta a Wikipedia: François Fénelon, pseudônimo de François de Salignac de La Mothe-Fénelon (6 de agosto de 1651 - 7 de janeiro de 1715), foi um teólogo católico, poeta e escritor francês, cujas ideias liberais sobre política e educação, esbarravam contra o "status quo" da Igreja e do Estado dessa época. Pertenceu à Academia Francesa de Letras.

Ele inicia a sua mensagem citando um ditado comum em todas as épocas, quando alguém de má reputação ou mau caráter sofre um atentado, um acidente, um grande perigo ou uma doença e sobrevive, costumamos dizer: “Se fosse um homem de bem teria morrido”.

Isso porque em nosso “senso comum” cremos que DEUS leva para si os bons, deixando na Terra condenados a viver com os maus.

Fénelon diz que esse pensamento é justo, uma vez que DEUS em sua justiça e misericórdia não prolongaria a pena de um homem que “já cumpriu sua sentença”,

Na Terra, estagiamos nós os espíritos ainda retardatários no progresso moral, de sorte que uma vida longa sobre a Terra também significa uma grande oportunidade de repararmos os erros de nosso caráter e progredirmos espiritualmente.

Naturalmente que não podemos generalizar extrapolando em concluir que todos os anciões são espíritos comprometidos com a Lei de Deus enquanto todos os que morrer precocemente seriam os mais adiantados.

Assim como há aqueles nobres espíritos que rogam a Deus uma vida longa, ou mesmo o prolongamento de suas existências para que possam mais e melhor servir à humanidade; há também em maior medida aqueles partem precocemente da vida por seus abusos, vícios, e outros equívocos do comportamento imaturo ou mesmo criminoso.

Então o ditado não serve de regra, é mero pretexto do grande ensaísta Fénelon para nos deixar um ensinamento ético-moral.

A expressão, porém, revela o nosso egoísmo e nosso equivoco ao desejar na Terra a morte dos maus e a permanência dos bons, Ensina Fénelon: Cometeis então um grande erro, porque aquele que parte terminou a sua tarefa, e o que ficou talvez nem a tenha começado. Por que, então, quereis que o mau não tenha tempo de acabá-la, e que o outro continue preso à gleba terrena?”

A maneira maniqueísta como pensamos, classificando os que nos cercam em bons ou maus, justos e injustos, positivos ou negativos, denota infantilidade e visão estreita sobre a vida.

Todos os que nos cercam carregam consigo a centelha divina do amor que mais cedo ou mais tarde irá irromper, seja pelas dores do sofrimento, seja pelo amor que nasce da compaixão, todos nós passaremos da condição de “mais ou menos maus” para a condição de “mais ou menos bons”.

É isso! Na Terra não somos absolutamente maus ou bons, somos mais ou menos. O esforço pessoal para progredir e a resignação perante o sofrimento que é consequência natural dos embates do Espírito que já escolhe a senda do progresso, é que vai nos distinguir do “homem velho” que fomos ontem quando a ignorância nos protegia de nossos desatinos.

Então quando julgamos os outros, desejando-lhes castigos ou a morte, estamos em verdade lavrando uma sentença contra nós mesmos, pois estamos declarando à VIDA: 1) Quem errou merece ser castigado. 2) Não acreditamos em educação nem regeneração, mas sim em castigos e punições. 3) Quando agirmos equivocadamente, merecemos CASTIGO  não compreensão. Merecemos sofrer e não educação...

Gente, gente, gente... vamos devagar com os julgamentos e condenações. Jesus ensinou essa lei quando afirmou que “com a mesma medida que julgardes sereis julgados”... Ele estava dizendo: Cuidado com as condenações... Melhor é o amor, melhor é a compreensão, melhor é a compaixão.

Nosso atual estágio na Terra é um convite diário a tomarmos POSIÇÃO perante o comportamento do outro. Ignoramos quais as dificuldades do outro, as tentações que ele sofreu, o quando ele se esforçou para não erra mais do que errou...

Mesmo conscientes de que IGNORAMOS todos os lances daquele drama íntimo que culminou com o erro, crime ou equívoco, nos apressamos em OPINAR que muitas vezes é tão somente JULGAR a outra criatura...

Aquele é corrupto, tem que ser preso... aquele é criminoso, tem que ser punido... aquele outro é pedófilo, tem que sofrer e morrer... não vamos entrar nesse jogo amigos e amigas. Uma coisa é fazer uma APRECIAÇÃO dos fatos para aprendermos com eles, outra coisa é nos ESCANDALIZAR com a conduta que muitas vezes não nos diz respeito e que não possuímos GABARITO MORAL para julgar e condenar.

APRECIAR um fato é olhar todos os ângulos e perceber que HOJE eu não agiria dessa forma, saber que AGORA temos uma moral diferente daquela que estamos observando, que FUTURAMENTE podemos escorregar em nosso valores e cometer deslize semelhante, em proporções maiores ou diminutas...

Assim quando dizemos que não julguemos, não estamos recomendando COMPACTUAR COM O MAL, mas sim APRECIAR a questão do ponto de vista espiritual, sob a ótica do Espírito imortal, que vive diversas vida a fim de lentamente progredir.

Não julgar não é aprovação do erro, mas uma opção pela MISERICÓRDIA. Os equivocados e equivocadas perante as Leis de deus, já carregam em si a condenação de sua consciência que um dia despertará, bem como o tormento de arcarem por si mesmos as consequências de seus atos e repará-los, restituindo o equilíbrio às leis cósmicas que pessoalmente transgrediram.

É assim com os outros, é assim conosco. Então o mais sábio é, perante o comportamento criminoso, exaltarmos a MISERICÓRDIA e a EDUCAÇÃO. Saber que aquele espírito que hoje está à mercê da cadeia, da condenação, da execração pública é nosso IRMÃO ou IRMÃ e que será um Espírito perfeito, ao final de sua jornada evolutiva, tanto quando nós.

Gosto de fazer essa proposta didática: “Se o seu filho fosse um ladrão de frutas pego em flagrante, qual a CONDENAÇÃO que você lhe lavraria? Ouvir um belo sermão, repetir as lições sobre a honestidade e respeito ao que é dos outros, fazê-lo reparar o erro devolvendo as frutas ou mesmo prestando algum serviço àquele que foi lesado... OU você condenaria seu filho à prisão perpétua, desistindo de EDUCÁ-LO?

Pois é! DEUS é muitas milhares de vezes, aliás, infinitamente, mais misericordioso do que eu e você. Se nós não lavraríamos uma sentença absurda contra nossos filhos, porque DEUS lavraria contra os filhos dEle, que são cada criminoso que sabemos, e que são em verdade nossos irmãos perante Paternidade Celestial?

Dia virá em que o SISTEMA PENAL no Planeta Terra será uma Universidade do Caráter, habilitado a restituir à sociedade homens e mulheres de bens, após a REEDUCAÇÃO adequada às infrações legais que cometeram.

Nos PLANETAS DE REGENERAÇÃO é assim. E é para essa categoria de Planeta que a Terra está transitando, então não JULGUEMOS NEM CONDENEMOS, antes eduquemos com nosso exemplo de conduta.

Fénelon encerra sua curta mensagem com um parágrafo em que cada frase merece uma reflexão especial...

·        “Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender, e crede que Deus é justo em todas as coisas”.  – De nada adianta nossa revolta que geralmente é fruto de nossa ignorância dos fatos que regem a vida. Tudo0 está certo e equilibrado sob a tutela paternal de Deus.
·        “Frequentemente, o que vos parece um mal é um bem”. – a doença é enfermeira da alma, a morte a libertação para a vida verdadeira, a solidão ensina a valorizar os afetos, a privação uma educadora de economia, a abastança um teste de parcimônia... Tudo na vida trabalha para a nossa Educação e para o nosso mais perfeito BEM.
·        “Mas as vossas faculdades são tão limitadas, que o conjunto do grande todo escapa aos vossos sentidos obtusos”. – Encarnados, sofremos o restringi mento de nossa cidadania espiritual que trazemos das múltiplas existências. Aquilo que não compreendemos hoje saberemos a razão e o porquê na Pátria Espiritual, e termos oportunidade de louvar a sabedoria de Deus e a justeza da vida.
·        “Esforçai-vos por superar, pelo pensamento, a vossa estreita esfera, e à medida que vos elevardes, a importância da vida terrena diminuirá aos vossos olhos”. – A prece e a meditação são exercícios do pensamento que nos colocam em sintonia com a sabedoria de Deus e nos ajudam a compreender o que nos figura hoje um enigma ou mistério. Usemos a oração, a leitura edificante, a meditação demorada sobre o Evangelho e conquistaremos a elevação, ainda aqui na Terra, para compreender muitas coisas que agora ignoramos.
·        “Porque, então, ela (a existência terrena) vos  aparecerá como um simples incidente, na infinita duração da vossa existência espiritual, a única verdadeira existência”. - Somos todos Espíritos imortais fadados à perfeição. Respeitemos o nosso ritmo de aprendizado e o dos que nos cercam. Cada um tem sua marcha e somente   eu e você sabemos a aspereza ou maciez do solo que palmilhamos.

CONFIEMOS EM DEUS, Ele já nos surpreendeu inúmeras vezes com sua bondade, misericórdia e justiça, e com a brandura de nosso coração e a pacificação de nossas almas, estaremos ainda mais preparados e sintonizados com ELE a fim de podermos receber as surpreendentes provas de amor que reserva aos seus filhos bem amados que somos todos nós.



REFLEXÕES ESPÍRITAS: O homem no mundo


The Great Dictator, 1940, by Charles Chaplin

Capítulo 17 de O Evangelho Segundo o Espiritismo – Sede Perfeitos – item 10 – O Homem no Mundo... 
  
Nosso tema em reflexão é uma página de “Um Espírito Protetor” escrita mediunicamente em Bordeaux, 1863. e o nosso objetivo é descobrirmos qual o comportamento ideal para o homem e a mulher no mundo em que vivemos e como podemos conviver com os prazeres e tentações terrenos sem nos deixar dominar por eles.

Todas as oportunidades de convívio entre nossos semelhantes encerram oportunidades de exercitamos o bem. A vida não improvisa, não há encontros casuais. Estamos o tempo todo atraindo para o nosso convívio pessoas que se afinam com a nossa maneira de ser e pensar;
Para nós que nos reunimos neste Chat em nome de Jesus, atitude ideal nos relacionamentos do cotidiano é priorizarmos a humildade e o respeito sem qualquer sentimento inferior em nossos corações.
“Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração dos que se reúnem sob as vistas do Senhor e imploram a assistência dos bons espíritos”
Os bons espíritos nos atendem nos atendem as preces quando pedimos com humildade e sinceridade, e quando percebem em nós o propósito de nos melhorar interiormente. Jamais nos atendem porém para satisfazer nossas futilidades.
Ensina o autor da página em estudo que não é preciso que vivamos o tempo todo em prece para recebermos a ajuda da Divina Providência. A nossa ATITUDE de reverência a DEUS pode ser algo que emana do nosso espírito incessantemente. Basta que incorporemos à nossa conduta o AMOR ensinado por Jesus;
“A Providência divina jamais deixa de atender nossas súplicas, desde que partam de um coração sincero e predisposto a evoluir e purificar-se”.
A ligação com o Criador é sempre necessária e salutar. Contudo, não significa vivermos uma vida mística, que nos isole da sociedade em que vivemos. Pelo contrário, quanto mais nos empenhamos no campo da FRATERNIDADE e convívio edificante com o próximo, mais ligados estaremos com Deus. O trabalho útil, a palavra amorosa, o conforto e a solidariedade são formas de prece.
“Deus quer que pensemos Nele, mas cumprindo nossos deveres no mundo, vivendo como devem viver os homens de nossa época”.
Não de vemos absolutamente evitar o contato das pessoas que não pensam como nós. Devemos viver pacificamente com todos, colaborando com o bem estar comum, vivendo o Evangelho sem exigir que os outros nos imitem.
“No mundo, somos chamados a conviver com espíritos de naturezas diferentes e caracteres opostos, que requisitam de nós a compreensão, o respeito e a cooperação”.
Podemos viver no mundo sem pertencer a ele, isto é, sem nos deixar envolver pelos vícios, tentações e prazeres mundanos. Para isso, é necessário que estejamos com o pensamento sincera e constantemente voltado ao Criador que assim nos auxiliará a tomar o caminho certo, nos momentos decisivos.
Podemos viver os prazeres do mundo, pois a condição humana nos permite. O que não devemos é abusas dos prazeres e a eles nos escravizar. Paulo sabiamente afirmou: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. (1 Coríntios 6:12)
Não precisamos viver FANATIZADOS, alienados do mundo e das nossas necessidades de lazer, sexo, conforto e alegrias. É no EXAGERO que reside a nossa viciação e no DESRESPEITO que moram os nosso compromissos cármicos mais dolorosos.
Se tudo nos é permitido pelo livre arbítrio, porém FERIR, MAGOAR, ULTRAJAR E TRAIR nos relacionamentos interpessoais da vida humana é sementeira de complicações que o no futuro nos exigirá colheita e cuidados.
“Não consiste virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem”
Se podemos usufruir dos prazeres do mundo, onde estaria então a perfeição? Na prática da caridade (o amor em ação) junto aos nossos semelhantes, conforme nos ensinou Jesus.
“Fugir do mundo a título de pureza na maioria das vezes, é simples hipocrisia”.

Para o homem e a mulher no mundo, na prática da caridade está o caminho que conduz á perfeição, meta que inevitavelmente todos atingiremos, um dia.
A caridade - entendida como o amor universal no cuidado amoros de uns para com os outros - é obrigação que atinge a todos e não a uma determinada camada social somente.
 “Os deveres da caridade atingem a todos, desde o menor até o maior, porque o cristão existe para servir, independente da posição social que ocupe”.
Não há mérito algum em nos isolarmos do mundo sob a alegação de não querermos contagiar-nos pelos vícios e prazeres terrenos. É exatamente no contato com as facilidades da vida que a religião batizou de TENTAÇÕES que nós vamos nos melhorando.
Resistindo ao arrastamento das nossas más tendências damos mostras a nós mesmos de nosso gabarito para enfrentar o mal que ainda existe em nós.
Natural que procuremos as companhias que se nos afinizam com nosso desejo de crescermos espiritualmente, mas evitar o irmão ou irmã que não age conforme nossos padrões morais É FALTA DE CARIDADE.
Pensar que somos MELHORES QUE OS OUTROS somente porque hoje o convite de JESUS á renovoação espiritual nos toca o coração é pura pretensão. Ainda somos vulneráveis ao chamamento dos vícios e atitudes do passado, e é trabalhando dia a dia que realmente vamos nos diferenciando do HOMEM VELHO que fomos para nos tornarmos homens (e mulheres) de bem, conforme ensina o Evangelho.
É unicamente no contato com os semelhantes, nas lutas mais árduas, que os homens e mulheres encontram no mundo o ensejo de participar da caridade, usufruindo dela ou praticando-a, pois que somos ainda todos necessitados da bondade uns dos outros.
“Aquele pois, que se isola, priva-se voluntariamente do mais precioso meio de aperfeiçoar-se”
Enquanto viver a vida do egoísta, que se isola temendo o perigo, o homem nada progredirá, pois não colabora com o bem geral de todos.
Os vícios, tentações e prazeres do mundo não devem constituir obstáculos para que vivamos bem com os homens e mulheres de nossa época. Reportando sempre os nossos atos ao Criador, teremos o auxílio e a intuição necessários nos momentos decisivos de nossa vida. O convívio com o semelhante é o meio que Deus nos concede para desenvolver em nós o sentimento de fraternidade e amor ao próximo. 

domingo, 2 de abril de 2017

O MAL E O REMÉDIO - Capítulo 5 – Bem-aventurados os aflitos, item 19

O MAL E O REMÉDIO 



Reflexão em torno do tema O MAL E O REMÉDIO – Capítulo 5 de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec – Bem-Aventurados os Aflitos, item 19 apresentado no Grupo ESPIRITISMO – Evangelho no Facebook (Estudo do Evangelho) em 02 de abril de 2017.

Tema do Evangelho deste domingo: Capítulo 5 – Bem-aventurados os aflitos, item 19 – O Mal e o remédio.

Nossa reflexão desta noite encontra-se na mensagem do Espírito Santo Agostinho, filosofo de Hipona nos primeiros tempos do Cristianismo, dita em Paris, 1863.

Agostinho inicia sua mensagem nos lembrando que a Terra é da categoria dos Mundos de Expiação e Provas e por isso mesmo abriga espíritos comprometidos com as Leis Divinas em trabalho de aprimoramento moral.

Nessas condições, todos os seus habitantes experimentam de uma ou outra forma o sofrimento, que é inerente ao grau de evolução da humanidade terrestre.

A dor é, portanto, comum a todos os habitantes do Planeta Terra. Mas isso não dignifica que a dor e o sofrimento sejam CONDENAÇÕES irrevogáveis em nossa existência.

Isso porque embora tenhamos na Terra características que nos exprimem a personalidade coletiva, temos também as nossas individualidades a quem são outorgados o livre arbítrio e a vontade, poderes sublimes da alma que nos permitem destacarmo-nos da multidão e viver em clima de felicidade relativa.

O esforço individual para nos reajustarmos com as Leis Divinas é o que conta para a conquista desse estado. Todo sofrimento e dor emanam de nosso distanciamento dessas Leis que são expressão pura e clara do amor e da misericórdia divina.

Nas romagens terrestres, porém, nos deixamos arrastar pelos instintos básicos dentro do clima de egoísmo e orgulho e vamos nos comprometendo aqui e ali de tal forma que as lições do amor não nos tocam mais, é preciso o remédio da companheira DOR e do terapeuta SOFRIMENTO a fim de nos reconduzir ao caminho do equilíbrio.

Ao lado de todo mal que atravessemos, Deus não nos deixa em consolação e remédio. É característica da Inteligência Suprema do Universo que ao lado de cada NECESSIDADE exista também o SUPRIMENTO dessa necessidade. Isso é básico no mecanismo de atuação da Providência Divina.

Então, os sofredores em geral, contam com um remédio para alívio de sua situação peculiar, como se fosse um cajado, um apoio para uma íngreme subida. Esse remédio, ensina Agostinho de Hipona, é a Fé.

Nós homens e mulheres filhos do século XX somos, porém, encantados com o moderno, o material, a tecnologia e muitas vezes nos demoramos a desenvolver a confiança em DEUS e em NÓS mesmos, que caracteriza a FÉ.

Sim, o melhor sinônimo de Fé é CONFIANÇA.... Confiamos? Como é nossa Fé em Deus? Você tem a plena certeza de que Ele está te amparando neste momento? Quando você ora o PAI NOSSO, com que convicção pronuncia a frase: - Seja feita a SUA vontade?

Fé é exatamente aquele sentimento que temos quando somos pequeninos e nosso pai ou mãe, nos abre os braços quando estamos em uma altura acima de seu corpo, e nos diz – PULA! E nós risonhos nos jogamos naqueles braços aberto em total confiança de que estamos seguros pelo cuidado amoroso daquele adulto...

Fé é isso! Nos jogarmos nos braços abertos de nosso Pai Celestial, buscando cumprir a SUA VONTADE (que se resume no cumprimento das Leis Divinas), confiantes na sua proteção e amparo.

Agostinho nos adverte em sua mensagem: “Oh, homens! Não reconhecereis o poder de vosso Senhor, senão quando ele curar as chagas de vosso corpo e encher os vossos dias de beatitude e de alegria? Não reconhecereis o seu amor, senão quando ele adornar vosso corpo com todas as glórias, e lhe der o seu brilho e o seu alvor?”

Sim, muitas vezes nós impomos CONDIÇÕES a Deus para crer nele. Esperamos aquele “MILAGRE” pessoal, a chegada do amor de sonhos, a riqueza, a cura perfeita de todos os males do corpo...  Ai sim eu posso crer que Deus existe e está cuidando de mim! – Quanta Ilusão!

Guardadas as devidas proporções, seria o mesmo que libertar um criminoso que no cumprimento de sua pena ainda não conseguiu se modificar, renovar sua conduta, aprender a fazer diferente.... Soltar essa pessoa em sociedade é prejudicar a ela mesma porque cairá em novos arrastamentos e também à coletividade, exposta ao mal que ela possa praticar.

Deus permite a existência do mal para estimular o desenvolvimento de nossa inteligência e das nossas potencialidades. Nesse processo, aprendemos a viver as Leis Divinas.

O mal que sentimos, a dor que sofremos é ao mesmo tempo a nossa escola de reajustamento e a nossa prisão onde amargamos a pena de infringir as Leis Divinas em regime de liberdade condicional: AJUDA-TE, QUE O CÉU TE AJUDARÁ.

É por isso que Deus não cura, é você que se cura, de dentro para fora. É por isso que Deus não te modifica, é você que se transforma interiormente. É por isso que Deus não faz maravilhas, ele opera as maravilhas através dos recursos que já instalou em seus dons espirituais por herança divina de filhos e filhas dEle que somos todos nós.

Então de nada adianta pedir ME DÁ PAZ, ME DÁ SAÚDE, ME DÁ RIQUEZA... O que Deus te dá é força para fazer por si mesmo, o que Deus te dá é CONSCIÊNCIA de seus próprios poderes a partir de que você mesmo se convença da necessidade de auto iluminação.

O sábio mentor Emmanuel nos ensina acerca de Jesus: “Diversas vezes, ouvimo-lo na expressiva afirmação: – “A tua fé te salvou.” Doentes do corpo e da alma, depois do alívio ou da cura, escutam a frase generosa. É que a vontade e a confiança do homem são poderosos fatores no desenvolvimento e iluminação da vida. – (Pão Nosso, capítulo 113 – Tua Fé).

A VONTADE e a CONFIANÇA são remédios que Deus coloca ao alcance de cada homem e mulher que resolva curar-se espiritualmente. Esses remédios, no entanto, só agem em nós se nos dispormos a usá-los sem a ilusão de que SABER é a mesma coisa que PRATICAR.

SABER que devemos ter fé é um fenômeno que acontece no nível da RAZÃO. É recurso evolutivo POTENCIAL porque não se colocou agindo na esfera de nossa vida,

PRATICAR a fé é um fenômeno que acontece no nível do nosso CORAÇÃO, cremos porque sabemos e sabendo agimos conforme cremos estabelecendo sintonia com todo o BEM que é recurso da Divina Providência.

Agostinho de Hipona ainda nos lembra em sua mensagem que na condição de Espíritos, quando estávamos no Espaço, antes de reencarnar nesta existência terrestre, na plenitude de nossas faculdades espirituais, nos víamos como seres bastante fortes para suportar as atuais provações, mas agora, QUEIXAMOS!

Diz ele: “Vós que pedistes a fortuna e a glória, o fizestes para sustentar a luta com a tentação e vencê-la. Vós, que pedistes para lutar de alma e corpo contra o mal moral e físico, sabíeis que quanto mais forte fosse a prova, mais gloriosa seria a vitória, e que, se saísseis triunfantes, mesmo que vossa carne fosse lançada sobre um monturo, na ocasião da morte, ela deixaria escapar uma alma esplendente de alvura, purificada pelo batismo da expiação e do sofrimento. ”

É que na erraticidade, temos conhecimento do que podemos ou não fazer. Então as provas que atravessamos não são INSUPORTÁVEIS, são na medida exata de nossa necessidade de aprendizado. Cabe a nós desenvolver a resignação pela FÉ EM DEUS e buscar Sua solicitude paterna.

A oração comparece aqui como alavanca de desenvolvimento da FÉ de alta capacidade. Nas tertúlias mentais que estabeleçamos com o Criador como um filho que abre seu coração ao Pai, encontraremos a consolação para nossos reveses. É também na oração que nosso CAMPO MENTAL se abre à interferência benfazeja de nossos Espíritos Guardiães que desejam nos inspirar a melhor solução para os dilemas que nos angustiam.

Eles são executores da vontade de Deus e detêm, muitas vezes, o remédio exato. Mas só podem ser acionados por uma mente que se coloque em SINTONIA com eles. A Prece e a reflexão demorada em leituras edificantes e iluminativas são ferramentas poderosas para que eles possam atuar em nosso favor.

Outra ferramenta de desenvolvimento da Fé é a PRÁTICA DA CARIDADE que é a bondade e o amor que se desdobram em ações através das nossas mãos. Na prática do bem, mobilizamos importantes recursos a nosso favor,

Ajude os outros filhos e filhas de Deus e assim se transformará em um “Embaixador do Bem” na Terra, esse cargo importante trará o ganho secundário do apoio personalizado na forma de recursos inimagináveis, disponíveis nos celeiros da Paternidade Divina.

Diz ainda Emmanuel: “Jesus pode tudo, teus amigos verdadeiros farão o possível por ti; contudo, nem o Mestre e nem os companheiros realizarão em sentido integral a felicidade que ambicionas, sem o concurso de TUA FÉ, porque também tu és filho do mesmo Deus, com as mesmas possibilidades de elevação”.

Usemos o REMÉDIO que Deus situou ao alcance de nossas mãos para a cura de nossos males: Desenvolvamos a confiança nEle, acompanhemos as lições de Jesus em nosso cotidiano, aplicando-as de forma gradual. Em breve, o mal se transformará em benção, o sofrimento em enfermeiro médico competente e a dor em enfermeira dedicada...

Com a modificação de nosso entendimento iluminado pela FÉ, perceberemos que em toda as oportunidades que julgávamos fraquejar e pretendíamos desistir, Ele permaneceu com a mesma inabalável FÉ em nós, simplesmente porque conhece os filhos que colocou neste mundo, e jamais desiste deles.