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domingo, 29 de janeiro de 2012

REFLEXÕES ESPÍRITAS: O homem de bem

Francisco e um leproso. Giovanni Crespi, 1630. Pinacoteca de Brera, Milão


Capítulo 17 de O 
Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec – Sede perfeitos – Item 5 – O homem de bem.

Nossa reflexão examina a questão da PERFEIÇÃO ao nosso alcance na vida, propondo para nós um modelo de HOMEM a partir do comportamento reto que se espera de um aprendiz do evangelho.

Com o auxílio desse texto, vamos examinar quais as principais qualidades do homem de bem para que nos sintamos estimulados a vivenciá-las e a refletir sobre nossos próprios atos, ajudando-nos a essas qualidades.

O verdadeiro homem de bem é o que age de acordo com as Leis de Deus, sabiamente prescritas por JESUS em seu evangelho.

O HOMEM DE BEM portanto é aquele que observa rigorosamente a LEI DE AMOR, JUSTIÇA E CARIDADE em todos os lances de sua vida.

Muitas vezes nem sabemos se estamos ou não cumprindo essas LEIS em nossa vida cotidiana. Saberemos se estamos em SINTONIA com essas diretrizes se interrogarmos a nossa consciência sobre nossos atos: FAZEMOS AOS OUTROS O QUE DESEJAMOS QUE OS OUTROS NOS FAÇAM?

O HOMEM DE BEM é o ser justo na acepção mais integral do termo. Muito além dos conceitos superficiais de JUSTIÇA, ele observa critérios Divinos, tratando cada ser como um IRMÃO e um ESPÍRITO em evolução, agindo MISERICORDIOSMAENTE com relação a cada um deles.

Os espíritos ensinaram a Kardec na questão 875 do Livro dos Espíritos que JUSTIÇA consiste no respeito aos direitos de cada um. Os direitos fundamentais podem ser assim resumidos: DIREITO A VIDA, DIREITO A LIBERDADE, DIREITO AO PROGRESSO MATERIAL E ESPIRITUAL, DIREITO AO AMOR.

“Deus pôs no coração do homem a regra de toda a verdadeira justiça, pelo desejo que tem cada um de ver os seus direitos respeitados. Na incerteza do que deve fazer para o semelhante, em dada circunstância, que o homem pergunte a si mesmo como desejaria que agissem com ele. Deus não poderia dar um guia mais seguro que a sua própria consciência”.LE questão 876.

“O critério da verdadeira justiça é de fato o de se querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo, e não de querer para si o que se deseja para os outros, o que não é a mesma coisa. [...] O sublime da religião crista foi tomar o direito pessoal por base do direito do próximo”. [LE questão 876].

O primeiro e fundamental direto do ser humano é “o de viver. É por isso que ninguém tem o direito de atentar contra a vida do semelhante ou fazer qualquer coisa que possa comprometer a sua existência corpórea”. [LE questão 880].

Assim lembremos que TODO E QUALQUER ENTRAVE DE NOSSAS AÇÕES à plenitude da vida dos outros, é uma infração ao direito à vida.

Quando nosso EGOISMO desmedido empilha bens que não serão usados plenamente por nós na sanha de possuir, estamos por exemplo ATROPELANDO o direito do semelhante menos “forte” para lutar conosco na selvageria da posse.

Dizemos na oração O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAÍ HOJE, porém, se empilhamos mais pão do que podemos consumir, alguém está ficando sem, e você, infringindo o direto a VIDA e à SOBREVIVÊNCIA.

A VIDA é feita de Leis sábias e justas que estabelecem sabedoria na divisão dos recursos do mundo.

Todos têm os o direito á propriedade, de melhorar materialmente, mas o CONSUMISMO exagerado nos faz tirar do outro o imprescindível para que acumulemos supérfluo. Viver com sabedoria é viver com simplicidade.

O Homem de bem, ensina Kardec, cala toda crítica. Silencia o julgamento protegendo o semelhante do ácido das palavras. Quando se vê obrigado a criticar, sempre ressalta alguma qualidade positiva, diminuindo o impacto das más tendências de cada um.

A fé em DEUS e no futuro faz o homem colocar os bens espirituais acima dos bens temporais. Todos aqui reunidos temos fé, a descrença e o desentendimento geral que por vezes nos abate deve-se ao fato de nossa FÉ ser ainda SUPERFICIAL e IRRACIONAL.

O homem de bem alcança a FÉ apoiando-se no raciocínio gerando a compreensão sobre os desígnios de DEUS solidificando a prática de suas LEIS sábias e justas.

O exercício da caridade impulsiona o homem a pensar nos outros, antes de pensar em si. Essa prática proporciona o desenvolvimento de TODAS AS DEMAIS QUALIDADES que distinguem o homem de bem.

“O importante é fazer o bem sem esperar paga alguma, e ser possuidor do sentimento de caridade e de amor ao próximo”.

Se o homem é bom, humano e benevolente SOMENTE PARA UM GRUPO DE PESSOAS ele não é um homem de bem. O correto é agir sem distinção de classe social, raça, crença, orientação sexual, convicção política, filosófica ou religiosa, TRATANDO, SENTINDO E AMANDO todos os homens como IRMÃOS.

Acostumamos a ver como HOMEM DE BEM as pessoas bem sucedidas e cumpridoras de seus deveres sociais. O conceito espírita porém abrange além do verniz das convenções e vai fundo nas relações humanas;

A EDUCAÇÃO que não tenha base no EVANGELHO nos dá apenas um verniz que desbota a menos contrariedade, transformando homens cultos e bem vestidos em feras humanas.

Você é um homem de bem? Você é uma mulher de bem? Qual o respeito que dedicamos aos sentimentos dos demais em nossos jogos de sedução e conquista?

Você é um homem de bem? Você é uma mulher de bem? Cultivando relações escusas em nossos relacionamentos íntimos, lembramos da esposa ou esposo traídos em seus sentimentos? Estamos cultivando a ÉTICA e o RESPEITO ou semeando a INFELICIDADE através da LEI DO RETORNO?

Você é um homem de bem? Você é uma mulher de bem? Agarramos com unhas e dentes a oportunidade de lucro naquele negócio vantajoso atropelando o esforço de equipe ou sabemos repartir responsabilidades e lucros para que todos ganhem?

Você é um homem de bem? Você é uma mulher de bem? Esmagamos as esperanças dentro da família pisando e humilhando nos sentimentos dos outros? Respeitamos os que nos dividem o teto e sabemos oferecer ao menos tolerância onde permitimos que o amor morresse?

Você é um homem de bem? Você é uma mulher de bem? Em nosso casamento ou relacionamentos OFERECEMOS e RECEBEMOS ou estamos ali apenas para tirar vantagem e descartar quando o fruto não oferecer mais sumo e doçura? Conhecemos em profundidade o nosso parceiro ou parceira a ponto de saber pisar com delicadeza no solo de seu coração a fim de não ferir de maneira alguma?

Você é um homem de bem? Você é uma mulher de bem? Fazemos CARIDADE também quando ninguém nos observa? Ajudamos silenciosamente além da instituição e da casa espírita quando o necessitado nos bate na porta e ninguém nos observa?

Você é um homem de bem? Você é uma mulher de bem? Temos a CARIDADE como nosso GUIA em todas as circunstâncias, espalhando no mundo o AMOR ao nosso alcance? O EGOÍSMO ainda te fascina e você faz o bem esperando um cantinho no céu?

Você é um homem de bem? Você é uma mulher de bem? Você ainda julga e condena a irmã leviana que não se comporta pelos seus códigos morais? Ainda condena e maldiz o homem infeliz que ainda não conquistou a ética desejada? Como anda o seu CRÍTICO, JULGADOR E CONDENADOR interior que nasce de nossa ignorância e intolerância às diferenças?

Você é um homem de bem? Você é uma mulher de bem? O preconceito racial, social, sexual, ainda encontra abrigo em seu espírito? Você já entendeu que pela REENCARNAÇÃO você pode ser o outro amanhã e busca pela CARIDADE extinguir a condenação dos equívocos alheios?

O EVANGELHO DE JESUS é o caminho, a verdade e a vida. Em suas páginas luminosas encontramos diretrizes para nos tornarmos melhores, a caminho da perfeição.

O AUTOCONHECIMENTO nos questionamentos íntimos diários podem nos ajudar em muito a nos aprimorar moralmente e começarmos ainda hoje a RESPEITAR MAIS ÉTICAMENTE os direitos dos outros que ontem não compreendíamos. NÃO VAMOS DESPERDIÇAR O CONVITE DE JESUS!

Ele nos disse: VÓS SOIS DEUSES! Vamos fazer todo esforço para nos tornarmos dignos desse rótulo divino que Ele nos dedicou motivado pelo mais PURO AMOR que nutre por todos nós!





domingo, 22 de janeiro de 2012

REFLEXÕES ESPÍRITAS: Caracteres da perfeição









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Capítulo 17 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” de Allan Kardec - Sede Perfeitos – Itens 1 e 2 – Caracteres da perfeição.

Esta reflexão examina a questão da PERFEIÇÃO ao nosso alcance na vida terrestre e os meios para que pratiquemos as qualidades necessárias a essa perfeição.

Sede vós logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito. (Mateus, 5:44) – quando lemos essa afirmativa de Jesus anotada por Mateus nos sentimos completamente apartados de Deus, pois julgamos impossível sermos PERFEITOS na acepção real da palavra;

Examinando-nos com desassombro notamos que nossas IMPERFEIÇÕES são tão grandes que imaginamos ser necessário ainda MILÊNIO de evolução para atingirmos o estado de “alguma bondade e moral” perante as realidades divinas.

E é isso mesmo: para sermos espíritos BONS com todas as qualidades que os bons devem ter, ainda deveremos estagiar nesta Terra aprendendo a amar – porém – já possuímos os germes dessa BONDADE necessária ao salto de qualidade no rumo da perfeição.

Naturalmente que quando Jesus diz SEDE PERFEITOS COMO VOSSO PAI não espera que nos igualemos em qualidades a DEUS, mas que O IMITEMOS em seu amor, sua misericórdia, sua justiça, como criaturas criadas por ELE e que já possuem no coração os germens dessas virtudes a serem desenvolvidos pela prática do bem.

A busca da perfeição implica em amarmos, inclusive aos nossos inimigos, aos que nos odeiam, aos que nos perseguem e caluniam. Isso porque a PERFEIÇÃO só é atingida quando o nosso coração se vê despojado de toda e qualquer mácula, ódio ou ressentimento para com o semelhante.

O nosso inimigo ou adversário é colocado por DEUS ao nosso lado para que observemos por alguém que não nos ama, este possa nos advertir de nossas más condutas, coisa que nem sempre nos faz os amigos que nos querem bem.

Os amigos são quase sempre indulgentes para com as nossas fraquezas morais, douram a pílula e mascaram a verdade para nos proteger a suscetibilidade com relação às nossas imperfeições – já o inimigo nos aponta sem piedade os erros, fazendo-nos refletir.

“O inimigo, aparente obstáculo de nossa caminhada, é, na verdade, instrumento de nosso aperfeiçoamento”.

Amarmos uns aos outros, inclusive os adversários é dever do espírito na Terra, pois só ampliaremos nosso grau evolutivo através do amor. “Porque se vós não amais senão os que vos amam, que recompensas haveis de ter?” os criminosos e malfeitores também amam aqueles que lhes são caros. Nosso DEVER é ir além disso.

A perfeição que DEUS espera de nós, recomendada por Jesus, consiste na prática do mandamento: “amarmos aos nossos inimigos, fazer o bem aos que nos odeiam e orarmos pelos que nos perseguem”. – a essência da perfeição é a CARIDADE porque ela implica na prática de todas as outras virtudes.

Um dia todos seremos perfeitos pois temos como foi dito, os germens de todas as virtudes que nos cabe desenvolver através da pratica constante do bem.

ACELERAR o processo de aperfeiçoamento pessoal é uma questão de USAR O LIVRE ARBÍTRIO negando-nos a ADERIR AO MAL, SUPERAR OS VÍCIOS E IMPERFEIÇÕES exterminado o egoísmo e o orgulho que se demoram em nós.

Se prestarmos atenção às nossas imperfeições chegaremos à conclusão de que elas são todas – sem exceção – nascidas do nosso ORGULHO e do nosso EGOÍSMO. Então, centras nossos esforços na erradicação dessas MÁS TENDÊNCIAS MILENARES de nosso espírito é dar passo largo na direção do progresso.

A melhor maneira de erradicar o ORGULHO e o EGOÍMO não é combatendo a eles frontalmente. Quando mais cuidamos deles, mais eles aumentam. O segredo está em desenvolvermos as virtudes que lhe fazem oposição, ou seja a HUMILDADE e a CARIDADE.

HUMILDADE é a virtude que erradica sem piedade o ORGULHO de nossas vidas.

Para desenvolver a HUMILDADE temos muitos métodos. O Espiritismo usa o AUTOCONHECIMENTO que nos traz a consciência de que não somos maiores nem melhores que ninguém e por isso, facilita o surgimento de ATITUDES HUMILDES que vamos incorporando ao nosso cotidiano ao nos nivelarmos a todos os demais seres.

Conhecendo a LEI DA REENCARNAÇÃO tomamos ciência de que as situações de saúde, riqueza social, juventude, poder e destaque na vida são transitórias e variam com as múltiplas vidas – muitas vezes numa mesma vida – e portando NENHUM MOTIVO HÁ PARA NOS ORGULHARMOS do que se constitui simples EMPRÉSTIMO divino para nosso crescimento interior.

Hoje senhores, amanhã escravos, hoje saudáveis amanhã doentes, hoje amantes, amanhã carentes; hoje ricos, amanhã pobres... Tudo é INSTRUMENTO DE APRENDIZADO a serviço da evolução. Ter orgulho de que? Todas as bênçãos que você e eu registramos em nossas vidas são fruto da MISERICÓRDIA de Deus que nos premia conforme o USO SÁBIO que fizermos delas.

Para crescermos em CARIDADE basta AMAR INCONDICIONALMENTE, enxergando cada ser ao nosso redor como um irmão querido, que mais cedo ou mais tarde na esteira do tempo se reunirá em nossa companhia na condição de anjo amigo, parceiro evolutivo, alma afim pelo gosto pelo que é BOM na sementeira do BEM.

“O amor do próximo, estendido até o amor dos inimigos, não podendo aliar-se com nenhum defeito contrário à caridade” – por isso mesmo ser caridoso é a maneira mais fácil de desenvolvermos o AMOR INCONDICIONAL ensinado e praticado por JESUS.

O EVANGELHO DE JESUS em sua simplicidade, é o grande ENXUGADOR DE LÁGRIMAS a nossa disposição nesse processo e a maior ferramenta de evolução pois nele encontramos todas as diretrizes seguras para nosso aperfeiçoamento.

O EVANGELHO guarda em si todas as leis morais da vida, cuja prática nos DITANCIA DA DOR, nos APARTA DO SOFRIMENTO e pavimenta a nossa estrada nesta vida para que caminhemos com mais confiança e certeza, aprendendo PELO AMOR e não mais pela dor.

domingo, 15 de janeiro de 2012

REFLEXÕES ESPÍRITAS: Entendendo a PARÁBOLA DOS TALENTOS

 
Capítulo 16 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” de Allan Kardec – Não se pode servir a Deus e a Mamon, item 6 – Parábola dos Talentos – também em Mateus, capitulo 20:14-30.

Vejamos como os dicionários definem o verbete parábola: narração alegórica que encerra doutrina moral em seu conteúdo. É uma estória simbólica, comparativa, sob a qual se esconde uma verdade importante e que conclui um preceito moral ou regra de conduta a ser seguida num determinado caso”.
 
As parábolas foram usadas como RECURSO PEDAGÓGICO por Jesus, que, Mestre Excelente, as narrou conforme o entendimento do público que o ouvia. Elas encerram porém, conhecimentos espirituais de profundidade que a cada leitura e releitura se revelam ao nosso discernimento enriquecendo nossa alma com lições preciosas.
Examinemos os elementos simbólicos dessa Parábola:

O SENHOR QUE VIAJOU = DEUS, Senhor de nossas vidas.
 
O PERÍODO DA VIAGEM, = é a vida humana, a reencarnação, em que Deus nos entrega ao planeta para que multipliquemos os dons que já conquistamos com nossas experiências anteriores pelas bençãos divinas a nosso favor...

OS 3 SERVOS = representam a humanidade em evolução.

O SERVO que recebeu mais e multiplicou seus talentos, é o mais preparado espiritualmente, mas que nem por isso deixou se aplicar seus bens ampliando suas capacidades.

O SERVO que recebeu dois talentos é ainda o homem bom, que já aprendeu a aproveitar as chances de fazer crescer suas virtudes valorizando a oportunidade da vida.

O SERVO TEMEROSO que enterrou o único talento que recebeu com medo e indolência representa os homens imperfeitos – como nós – que ao contrário de usarmos o único talento que possuímos – O DOM DA VIDA – para crescermos espiritualmente, enterramos essa capacidade nas sensações e disputas materiais (lembremos, enterrar no solo = mergulhar na matéria...).

Os TALENTOS são os bens e recursos materiais e espirituais que o Plano Espiritual outorga aos homens, para serem empregados em benefício próprio e do próximo; é tudo o que é necessário às experiências evolutivas do homem: os bens materiais, os dons espirituais, os conhecimentos, a posição social, a família, etc...

TREVAS E RANGER DE DENTES: é o resgate de nossas faltas. Dos desperdiceis que fizemos dos dons da vida. A lei da reencarnação explica que se usamos mal nosso INTELECTO por exemplo, prejudicando e semeando o mal ao invés de ESCLARECER E EDUC AR, podemos voltar com essa faculdade impedida... a fim de PELA DOR aprendermos a valorizar as oportunidades.

MAIS UMA VEZ: TREVAS E RANGER DE DENTES: é o resgate de nossas faltas. Dos desperdiceis que fizemos dos dons da vida. A lei da reencarnação explica que se usamos mal nossa CAPACIDADE DE PERDOAR, por exemplo, SEMEANDO RANCOR E MÁGOA, VINGANÇA E DESPEITO, ao invés de perdoar, esclarecer e esquecer usando a COMPAIXÃO E A INDULGÊNCIA podemos voltar em um ambiente cheio de desavenças e incompreensão, onde recolheremos o preconceito e as vinganças mesquinhas que usamos no passado, a fim de através da DOR aprendermos a valorizar as oportunidades.

E NOVAMENTE: TREVAS E RANGER DE DENTES: é o resgate de nossas faltas. Dos desperdiceis que fizemos dos dons da vida.

A lei da reencarnação explica que se usamos mal nossa CAPACIDADE AFETIVA, O RESPEITO E A FIDELIDADE MATRIMONIAIS, por exemplo, praticando ADULTÉRIO E TRAIÇÃO, retornamos ao palco da vida em relações afetivas defecais, cheias de incompreensão e traições, onde sofremos A DOR DA SOLIDÃO E A ANSIA DO AMOR jamais correspondido, para que saibamos valorizar e respeitar nossos cônjuges.

E AINDA: TREVAS E RANGER DE DENTES: é o resgate de nossas faltas. Dos desperdiceis que fizemos dos dons da vida. A lei da reencarnação explica que se usamos mal nosso CORPO, templo de nosso espírito imortal, praticando todos os tipos de ABUSO CONTRA A PRÓPRIA SAÚDE, violando nosso organismo com exageros, substâncias tóxicas, vícios e sensualidade desenfreada, por exemplo, retornamos à vida com o corpo debilitado, com problemas os mais variados que nos imporão uma dieta e conduta restritiva para que possamos sobreviver e, dessa maneira, aprender a valorizar o abençoado casulo de carne que nos aprisiona e nos liberta, servindo de escola para nosso espírito.

TREVAS E RANGER DE DENTES: é o resgate de nossas faltas. Por exemplo, do mau uso que fizermos de nossos sentidos:

Mau uso da VISÃO criticando e enxergando o mal e a malícia em toda parte.

Mau uso da AUDIÇÃO, semeando e dando ouvidos às intrigas, mentiras, tramas, e fofocas... Com messes abusos voltamos em outra vida com esses sentidos diminuídos pela miopia, pela surdez total ou relativa ou ainda com patologias como a labirintite, otites, etc. A vida nos educa com a restrição pra que valorizemos os talentos no futuro.

O grande questionamento a que o sublime professor que foi Jesus nos convida a fazer é: O que temos feitos dos talentos que o Senhor da Vida nos confiou?

O que tens feito dos afetos que DEUS confiou aos seus cuidados no lar? O que tem oferecido a eles de amor e de exemplos dignificantes?

O que temos feito da saúde de nosso corpo? Consumido nossa energia vital em excesso de todo tipo ou aplicado as forçar orgânicas no aprendizado, no auxílio ao próximo e na conquista da sabedoria e da humildade?

O que temos feitos das chances diárias de praticar a CARIDADE? Quantos de nós TEMOS TUDO e nos falta alegria, esquecidos de que a nossa alegria é construída das pequenas alegrias que provocamos na vida do OUTRO?

Sua voz, seu pensamento, sua expressão, sua casa, sua roupa, seu corpo, sua capacidade de expressão neste momento estão sendo mobilizados na direção da construção do EU MELHOR ou ainda vivemos para curtir, gozar, experimentar até a exaustão da razão e dos sentidos?

Há homem ou mulher de talento que você é! Bilionários de bênçãos... o que temos construído na comunidade, na oficina de trabalho, na vizinhança para melhorar nossas relações com o próximo? AMIZADES ou INTRIGA? PARCEIROS ou ADVERSÁRIOS?

O que você tem feito com o seu computador? Desperdiçado a chance de se comunicar na busca incessante de prazeres de meia hora ou  construído relações sólidas baseadas na amizade e no respeito?

O que temos feito de nosso SEXO? Mobilizamos a força criativa a favor de nosso revigoramento energético na construção do bom e do belo ou estamos mergulhando na estagnação das forças, candidatos à depressão, ao Alzheimer, ao Parkinson e as fobias?

O QUE VOCÊ TEM FEITO COM O AMOR DE DEUS? ENTERRADO NO BURAQUINHO NO QUINTAL OU MULTIPLICADO POR MIL AO REPARTIR AS BENÇÃOS DA VIDA COM OS QUE TE CERCAM?

O grande ensinamento dessa parábola é fazer ver os homens que cada qual só subirá na escala evolutiva rumo aos planos espirituais elevados, através do esforço individual, da perseverança no BEM e no amor ao próximo.

Para saber mais, sugerimos a leitura do livro LEIS DE AMOR de autoria espiritual de Emmanuel, psicografia dos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira - Edições Feesp.


domingo, 8 de janeiro de 2012

REFLEXÕES ESPÍRITAS: Guardai-vos da Avareza



Capítulo 16 de “O Evangelho Segundo o Espíritismo de Allan Karde” – Servir a Deus e a Mamon, item 3 – Guardai-vos da Avareza.

Nosso tema em reflexão examina uma Parábola de Jesus em que o Mestre inesquecível ensina que de nada nos serve a ganância de acumular tesouros materiais pois nada nos garante a sobrevivência física nos próximos minutos. 

A passagem registrada por Lucas em seu Evangelho (Lucas, 12:13-21) narra a história de um avarento produtor rural que colhendo em abundância, cuidou de armazenar, ampliando seus celeiros a fim de assegurar o usufruto egoísta de sua riqueza, passando o resto da vida a gozar dela. Jesus conta que, no entanto DEUS o chama de Néscio (tolo, idiota) pois que sua alma seria chamada á morte ainda naquela noite, deixando tudo para trás.

O ensinamento de  reveste de profundas ponderações. Lembremos  que nosso capítulo em estudo é NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MANON,  o que significa: É INCOMPATÍVEL A ESCRAVIDÃO ÀS RIQUEZAS DO MUNDO (Mamon) COM A VIDA ESPIRITUAL (servir a Deus).

Há quem pondere que ESTAMOS NO MUNDO E PRECISAMOS DE BENS MATERIAIS PARA VIVER. Afirmativa razoável e justa. Nenhum de nós na dimensão física da vida pode se subtrair sem graves consequências ao dever de trabalhar para sustentar o corpo, as necessidades do cotidiano... Porém não é o USO DO DINHEIRO E DA RIQUEZA que Jesus condena mas a AVAREZA, que escravisa o homem à riqueza.

Lembremos os dicionários: AVAREZA em boa sinonímia que dizer: mesquinhez, sovinice; qualidade de quem tem excessivo apego ao dinheiro, às riquezas; falta de generosidade.

Vejamos que os bons dicionários não se resumem a DEFINIR o termo, ainda indicam qual a FALTA ou CARÊNCIA de caráter que o causa: FALTA DE GENEROSIDADE.

Habitualmente aprendemos que DEVEMOS POUPAR PARA UMA EMERGÊNCIA, ECONOMIZAR PARA GARANTIR O FUTURO... quem assim pensa geralmente enfrenta os reveses desse pensamento: a emergência vem, em forma de doença, desastres financeiros ou outras adversidades desagradáveis EVOCADAS PELA ATITUDE AVARENTA.

Claro que não há nada errado em poupar para uma aquisição, um investimento ou uma meta a atingir. O que se recomenda aqui é NÃO DEIXAR DE SER BOM para ser sovina.

O vício de GARANTIR O FUTURO é uma crença mesquinha de que DEUS É POBRE! Crença de que A VIDA TRAPACEIA ou ainda de que OS BENS INFINITOS DO UNIVERSO VÃO ESCASSEAR. Isso não é verdade. O mesmo Deus que nos dá forças diárias para alcançarmos o que temos hoje é o mesmo ontem e será o mesmo amanhã.

 “Pois de que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e  perder a sua alma?” (Marcos 8:36) – Interroga-nos  Jesus. Quantos de nós estamos descuidando da própria alegria de viver abusando de nossas forças físicas em dois ou mais empregos apenas para TER, TER, TER... sem perceber que a SUA ALMA deseja SER antes de tudo, LIBRE do apego e feliz consigo mesmo pela alegria de fazer  o bem?

Quantos de nós vivemos atormentados pelo fantasma do desemprego, pelo medo do amanhã, pelo excessivo zelo com o dinheiro esquecendo que a VIDA nos confiou filhos e filhas para que cuidássemos e educássemos que precisam muito mais de EXEMPLOS E VIRTUDES do que objetos, roupas de marca ou status sociais.

Muito mais que um carro novo, sua alma deseja direção, muito mais que roupas impecáveis, seu espírito pede direção, muito mais que posição e prestígio, sua essência deseja ser humilde... Até quando permaneceremos cegos às necessidades de nossa ALMA IMORTAL para tão somente prestar atenção ás coisas passageiras que o “ladrão rouba e a traça rói”?

Somos avarentos com os outros guardando NOSSO RICO DINHEIRO como somos conosco mesmo, negligenciamos os BENS DO ESPÍRITO à nossa alma faminta, sedenta e desagasalhada de virtudes e cuidados.

Além da AVAREZA FINANCEIRA há outra muito séria que requer a nossa atenção, porque ela trabalha a fim de DESTRUIR A NOSSA FELICIDADE. Trata-se da AVAREZA ESPIRITUAL, daquela mesquinhez emocional que alimentamos, tratando nosso sentimentos da mesma maneira egoística que os avarentos cuidam do outro e dos bens.

Todos nós reconhecemos em nosso íntimo uma grande capacidade de amar, de espalhar o bem de de dar carinho. Avarentos porém, economizados essas virtudes... AFINAL E SE FALTAR AMANHÃ? Então elegemos um ou dois “grandes amores” do nosso coração para serem objetos de nosso “AMOR”...

AMOR está entre aspas no parágrafo anterior, não por acaso... Geralmente esse amor exclusivista que distribuímos é geralmente um SENTIMENTO DE POSSE disfarçado, escamoteamos ai nosso desejo de POSSUIR, CONTROLAR, MANDAR em pessoas que são livres.

Adulamos e mimamos nosso “afetos” a fim de garantirmos de que sejam dependentes emocionalmente de nós para que não deixem nosso celeiro de exclusividades...

Como pessoas avarentas emocionais atraem avarentos para sua convivência, você não será amado em plenitude e como desejaria, porque ambos estarão cuidando de seus DESEJOS EXCLUSIVISTAS na ânsia de guardar para a sim a fim de gozar indefinidamente...

A AVAREZA EMOCIONAL produz esse grande prejuízo para a alma: faz com que não recebamos o amor que desejamos e merecemos e colhemos tão somente artificialidades, hipocrisias, desatenção, traição e abandono em nossos relacionamentos afetivos.

ECONOMIZAR AMOR PRA QUE? Não nasce ele da fonte inesgotável de seu coração que quanto mais gosta mais é capaz de gostar? Não acredita? Então experimente!

Jesus anunciou que o seu jugo (a lei de amor) era um fardo leve exatamente porque AMAR é bom, dá prazer e alegria, plenifica a alma e alivia os fardos do egoísmo, da vaidade e do orgulho que nos sobrecarregam num jogo de escravidão às coisas transitórias e sem importância.

No episódio evangélico em estudo há uma frase do personagem avarento que diz: “Alma minha, tu tens muitos bens em depósito para largos anos: descansa, come, bebe, regala-te”. Quantos de nós estamos nesse quivoco do GOZO EGOÍSTA DAS PAIXÕES TRANSITÓRIAS, sem nos dar conta de que É IMPOSSÍVEL SER FELIZ SOZINHO, como cantou o poeta...

Para usufruirmos da FELICIDADE PLENA, REAL E POSSÍVEL é necessário abandonarmos a postura de AVAREZA ESPIRITUAL e começarmos ainda hoje a distribuir os tesouros do nosso coração com todos ao nosso redor.

ISSO MESMO: TODOS! Não é só papai, mamãe, maridão e cachorrinho não! Temos que amar a TODOS OS FILHOS E FILHAS DE DEUS a fim de que também sejamos mais adiante amados por todos.

E ai acontece o milagre maravilhoso que a força da GENEROSIDADE sempre provoca: você entra na abundância do amor! Uma fase em que o amor que você mesmo dá já te nutre, plenifica e completa. Um estágio em que encontra satisfação e felicidade simplesmente porque é bom e generoso com os tesouros de seu Espírito.
E se DEUS ainda hoje nos disser que nossa alma será chamada à vida imortal esta noite, carregaremos para a outra dimensão os TESOUROS DO AMOR que são aqueles que Jesus disse que são acumulados nos céus, longe do ladrão, das traças e da ferrugem.

“Guardai-vos e acautelai-vos de toda avareza, porque a vida de cada um não consiste na abundância das coisas que possui”. Ensinou o Mestre incomparável! Então de que CONSISTE A VIDA DE CADA UM? O Evangelhgo nos mostra claramente que para TER VIDA EM ABUNDÂNCIA nos basta amar a todos os nossos irmãos e irmãs, tratando-os como desejamos ser tratados.

A VIDA DE CADA UM consiste, pois no AMOR GENEROSO E FARTO que conseguimos espalhar, fazendo com que, à nossa passagem, marquemos um rastro de bondade para  os demais espíritos com que cruzarmos, servindo de exemplo e roteiro aos que ainda não sabem dar de si.

 


sábado, 7 de janeiro de 2012

REFLEXÕES ESPÍRITAS: Piedade filial

Capítulo 14 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec” – Honrar Pai e Mãe – itens 1 a 4 – Piedade filial.

 
Allan Kardec nos esclarece: “O mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, é uma consequência da LEI GERAL DA CARIDADE E DO AMOR AO PRÓXIMO, porque não se pode amar ao próximo sem amar aos pais”

Podemos dizer que se os estranhos, amigos e conhecidos são O NOSSO PRÓXIMO os pais e parentes que nos compartilham o lar são em verdade O PROXIMO MAIS PRÓXIMO pois foram por DEUS situados ao lado dos nossos corações.

Se DEUS nos escolheu para sermos filhos exatamente desses pais, significa que temos deveres recíprocos uns para com os outros no campo do espírito.

Kardec esclarece porém outros aspectos do mandamento HONRAR PAI E MÃE: “...mas o imperativo HONRA implica um dever a mais para com eles: o da PIEDADE FILIAL. Deus quis demonstrar, assim, que ao amor é necessário juntar o respeito, a estima, a obediência e a condescendência...”

Pensamento lógico o de Kardec, para honrar não basta amar é preciso ainda mais que o próprio amor natural de filho... Precisamos agregar o respeito profundo, aquele que entende que PAI e MÃE não são seres infalíveis, mas aprendizes da vida como vocês e eu.

Não basta aquele amor de filho e filha que tem natural reverência aos que lhe colocaram no mundo. Estima e obediência também lhes são devidos sempre que justas as suas diretrizes ou enquanto não lhes entendamos os cuidados que nos parecem às vezes injustiças aos sonhos e direitos da mocidade...

Desses deveres resulta, conforme ensina Kardec que temos “a obrigação de cumprir para com eles, de maneira mais rigorosa, tudo o que a caridade determina em relação ao próximo”.

Naturalmente, aqueles que estão velando ou velaram por nossa educação como se fossem nossos pais também são lembrados por Allan Kardec: “Esse dever se estende naturalmente às pessoas que se encontram no lugar dos pais, e cujo mérito é tanto maior, quanto o devotamento é para elas menos obrigatório...”

“Honrar ao pai e à mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionando-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós na infância”.

“É sobretudo para com os pais sem recursos que se demonstra a verdadeira piedade filial.” ensina o codificador do Espiritismo, tendo em vista que na maioria das vezes a condição financeira que temos hoje muitas vezes se deve a sacrifícios que fizeram por nós no passado...

Sabemos que muitos negligenciam o DEVER DE CUIDAR DOS PAIS... Isso é digno de se lamentar... Kardec lembra que muitos dando apenas “o estritamente necessário para que não morram de fome, enquanto eles mesmos de nada se privam...” “Relegando-os aos piores cômodos da casa, apenas para não deixá-los na rua, e reservando para si mesmos os melhores aposentos, os mais confortáveis...” TRISTE E DURA REALIDADE...

Que não sejamos nós os que desamparam! Mesmo quando somos aqueles filhos que trazem marcas profundas de maus tratos e injustiças, traumas e cicatrizes da impiedade de nossos pais, por vezes severos e hostis... PERDOEMOS E AMPAREMOS.

Recordemos que se o ensinamento espírita da REENCARNAÇÃO explica muitas vezes a hostilidade de pais para com os filhos e vice-versa, não nos desobriga do dever de promover a RECONCILIAÇÃO com adversários do passado, caso os defrontemos embaixo do teto que chamamos de lar.

Muitas vezes os pais severos e repressores, violentos e violadores, que muitas vezes usam a surra a título de corrigenda mas que representam uma válvula de escape para sua agressividade descontrolada, são os mesmos inimigos que no passado sofreram de nós o mesmo tratamento e que não conseguiram sublimar seu DESEJO DE DESFORRA através da paternidade e da maternidade, e sucumbem à vingança, agredindo a prole.

Não cabe a nós condenar. Proteger a integridade da criança sempre, mas jamais condenar. Perdoar sempre, lembrando que VINGANÇA não faz parte dos propósitos divinos e que aquele que se vinga do inimigo é sempre um irmão doente que não conseguiu assimilar a chance de ser misericordioso.

Allan Kardec tratou dessa questão com muita lucidez: “Certos pais, é verdade, descuidam dos seus deveres, e não são para os filhos o que deviam ser. Mas é a Deus que compete puni-los, e não aos filhos. Não cabe a estes censurá-los, pois que talvez eles mesmos fizeram por merecê-los assim.”

O Mestre Lionês ainda acrescenta: “Se a caridade estabelece como lei que devemos pagar o mal com o bem, ser indulgentes para as imperfeições alheias, não maldizer do próximo, esquecer e perdoar as ofensas, e amar até mesmo os inimigos, quanto essa obrigação se faz ainda maior em relação aos pais!”

PERDOEMOS NOSSOS PAIS tanto quanto desejamos ser perdoados por DEUS e pelos que amamos em nossas faltas... Não sejamos ingratos jamais... “Ai do ingrato, porque ele será punido pela ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, às vezes desde a vida presente, mas de maneira certa noutra existência, em que terás de sofrer o que fez os outros sofrerem!”

Então se nossos PAIS nem sempre são bons, como agir? Kardec responde: “Os filhos, devem, por isso mesmo, tomar como regra de conduta para com os pais todos os preceitos de Jesus referentes ao próximo, e lembrar que todo procedimento condenável em relação aos estranhos, mais condenável se torna para com os pais”.

Ao tomarmos conhecimento desse dever filial de sermos piedosos e CUIDAR AMOROSAMENTE de papais e mamães, muitas vezes nosso coração se confrange pois que nesta sala muitos de nós já os vimos partir pelas portas da desencarnação... e o arrependimento que parece tardio nos deixa tristes.

DEUS em sua infinita sabedoria estabeleceu que nenhuma alma está separada neste mundo. O dom sublime da ORAÇÃO e do pedido sincero de PERDÃO pelo que fizemos ou pelo que deixamos de fazer aos nossos pais, rasga a distancia e atinge na espiritualidade aqueles corações a que desejaríamos – hoje de coração renovado – SERVIR E AMAR...

Nunca é tarde para endereçar aos papais e mamães que se encontram na espiritualidade os nossos CUIDADOS AMOROSOS na forma de oração, irradiando paz e amor a eles. Dizendo a eles o quanto hoje os compreendemos e pedindo a DEUS que nos renove em novas existências a chance de amá-los como merecem.

PAI e MÃE são o nosso PASSAPORTE para a vida material, nos facultando a chance de nos materializarmos na TERRA onde evoluiremos para a perfeição e fruiremos, mais dia, menos dia,  a FELICIDADE que desejamos.

A ELES, nossos paizinhos e mãezinhas eternos de nossa devoção, o nosso amor agora e sempre, e para aqueles dentre nós que ainda guardem magos do passado, roguemos a DEUS e a JESUS que nos abençoe com o DOM DO PERDÃO a fim de atingirmos um dia a paz de consciência que somente a PIEDADE FILIAL bem observada em nossas vidas por dar.

família da cidade de Columbus, estado de Ohio (USA), pais de sêxtuplos





REFLEXÕES ESPÍRITAS: Parentesco corporal e espiritual


Capa do livro: CONSTELAÇÃO FAMILIAR
Psicografia de Divaldo P. Franco
pelo Espírito Joanna de Ângelis
Editora LEAL
Capítulo 14 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec” – Honrar Pai e Mãe – item 14 – Parentesco corporal e espiritual.
Os Espíritos nos dão notícia de que nem sempre apresentamos grandes afinidades para com nossos familiares. Muitas vezes a nossa relação com a família é de franca hostilidade, como se fossemos adversários e não irmãos e irmãs ou parentes que deveriam se estimar...
A reencarnação explica isso: em casa nos reunimos – afetos e desafetos – para que com a proximidade quase sempre inevitável e compulsória do parentesco corporal nos relacionemos com a finalidade de no RECONCILIAR das desavenças de outras vidas.
Irmãos e irmãs sob o mesmo teto muitas vezes negligenciam esse dever de se amarar e se apoiarem e entregam-se ao sentimento de rejeição, transformando o lar que deveria ser oficina de pacificação numa arena de disputas odientas...
Não nos iludamos: cada vez que identificamos um desafeto do passado na forma de parente em nossa família é um SINAL DE ALERTA urgente que a vida nos dá para que notemos a necessidade de perdão, compreensão, respeito e tolerância.
Portanto, dever urgente ao alcance de nossas forças é tolerar e pacificar a nossa casa, no entendimento e na tolerância aos parentes difíceis, dos filhos problema, dos esposos tiranos, das esposas ciumentas, dos fardos da consanguinidade.
Perante o parente-desafio, a nossa própria evangelização íntima pode ser o melhor recurso iluminativo, pois que através da mensagem do Evangelho de Jesus encontramos resignação e força bem como a energia para superar nossas imperfeições e nos transformarmos em pessoas mais pacientes que perdoam com facilidade.
Conhecer-se a si mesmo superando as imperfeições nos torna pessoas mais nutritivas para o meio em que Deus nos localizou – o próprio lar – e para os parentes e afetos que nos constitui o GRUPOCARMA de evolução: a nossa família.
Se você quiser, pode melhorar-se emocional e espiritualmente a tal ponto que se transforma em um verdadeiro INSTRUTOR ESPIRITUAL dentro de sua casa ou núcleo familiar, chegando a ensinar pelo exemplo de tolerância e a ajudar com sua mudança interior às criaturas que te rodeiam, alavancando-lhes a evolução.
Nosso dever de parente que identifica a desarmonia e o desacerto no comportamento do companheiro de jornada é o de EXEMPLIFICAR O ACERTO a fim de que nossa ATITUDE fale muito mais alto do que nosso verbo muitas vezes ágil na voz e tardio na ação...
Assim como o parentesco corporal não nos garante afeto e plena identificação com os companheiros da consanguinidade, a esfera dos amigos estranhos ao lar muitas vezes é repleta de amores e amigos do passado, são tão significativas e espontâneas as simpatias que nos ligam a pessoas que acabamos de encontrar nessa vida, que só essa afinidade é uma prova da REENCARNAÇÃO que experimentamos na própria alma.
Quem não experimentou a sensação de profunda empatia e amizade em outro ser que acabou de conhecer e cuja distância passa a nos doer os sentimentos como se aquela presença querida nos fosse um alimento do espírito.
Sentimos necessidade de conversar, de trocar ideias, de compartilhar emoções, de confiar segredos e carências intimas em clima de amizade pura e confiança absoluta, de tal maneira marcante que não compreendemos como essa pessoa não nasceu em nossa família como irmão ou irmã querida a fim de que pudéssemos estar mais próximos.
Sãos os irmãos da alma, os parentes espirituais que genuinamente constituem as nossas afinidades legítima, eleitas pela convivência em muitas vidas, pela identidade de predileções e tendência e principalmente pela moral evolutiva na maturidade cósmica de cada um.
Se identificamos parentes que são fardos-desafios à nossa maturidade, se identificamos estranhos que são doces irmãos da alma a nos facilitar a jornada com sua presença, não podemos esquecer as mães, figuras singulares nessa teia delicada de almas em aprendizado.
Mães representam aquelas irmãs que nos recebem com mimos e cuidados, sobrepujando seus próprios sentimentos, que muitas vezes poderiam ser de antipatia, mas que “elas superam” com o maravilhoso instinto materno, semente de Deus presente na alma de cada mulher.
Tantas vezes cobradas com exigências de perfeição, as mães são mulheres que pariram – nada, além disso, biologicamente falando – mas que para cada um de nós é um ícone de angelitude.
Certos sociólogos certa vez estudaram um numero de pessoas condenadas à morte nos EUA. Embora criminosos cruéis de sentimentos empedernidos, invariavelmente na hora da forca, injeção letal ou choque elétrico pelo qual deixariam o corpo físico, perante a angustia da morte simplesmente gritavam ou suspiravam uma doce palavra: MÃE...
Perante o perigo, a angustia, a dor, o sofrimento, a desesperança e o sacrifício é por elas que clamamos: MÃE! Diante da situação aflitiva nos transformamos em uma criança, desejosa do colo morno e dos doces afagos daquele seio que nos nutriu, símbolo de segurança e afeto.
Claro, nem todos fomos amados por nossas mães. Há mulheres que perante o desafio da maternidade não souberam canalizar as forças do amor em favor dos rebentos de sua alma... Para essas a nossa compreensão e respeito, elas fizeram o que puderam nos dando ao menos a vida biológica, benção impagável na busca da felicidade.
Claro que você que é mãe, nem sempre fará o que é certo, mas sempre fará o melhor ao seu alcance, porque a maternidade não nos confere perfeição, mas nos encaminha a perfectibilidade pelo exercício de educar e encaminhar almas para a vida.
Para nós que temos mãezinhas vivas, o dever de amparar e abraçar esse ser que nos deu o dom de existir. Para nós que as temos guardadas no cofre celeste dos céus, onde as joias dos nossos amores que partiram vivem e respiram nos aguardando a chegada, a nossa oração de gratidão e respeito.
Para você que ainda receberá o divino tesouro de um filhinho, nossos desejos de uma gestação saudável e de infindáveis alegrias nessa experiência tão arrebatadora que é a maternidade.
Para você que acaba de receber nos braços o “divino fardo” da vida pulsante de um filho ou filha, nosso respeito e gratidão. Obrigado por não tê-lo abortado! Meu planeta precisa de vida, de homens e mulheres boas e educadas, cheios de amor. Desejamos imensamente que o SEU FILHO ou a SUA FILHA esteja em seus braços com a missão de AJUDAR O MUNDO.
Para as mulheres maravilhosas que “maternam” homens fracos, fortes, valentes ou frágeis, adultos ou meninos, velhos e cansados, jovens ou doentinhos... O nosso AMOR SEM FIM... Vocês que adotam os filhos das outras e lhes dão amor, e vocês que adotam homens débeis e lhes transformam em fortes... MUITO OBRIGADO!
MUITO OBRIGADO a essas são as mães que escolheram ser mãe, cultivam tesouros nas entranhas da alma, abnegando de sim para oferecer ao mundo os filhos e filhas de DEUS que lhes foram emprestados porque são dignas da confiança do nosso PAI CELESTIAL.
Perante essas considerações, reflitamos: Parentesco corporal e parentesco espiritual dependerão sempre de quanto você e eu fizermos com o uso do BEM para nos afastar do MAL, que ainda reside em nós.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

REFLEXÕES ESPÍRITAS: A Caridade segundo São Paulo


São Paulo escreve uma carta - Rembrandt Harmenszoon van Rijn, Museu de Nuremberg, Alemanha.


Capítulo 15 de "O Evangelho Segundo o Espiritsmo, de Allan Kardec" – Fora da Caridade não há salvação – itens 6 a 7 “A caridade segundo São Paulo”

Certa vez Ghandi afirmou que “Se todas as escrituras cristãs se perdessem e só restasse o SERMÃO DO MONTE, nada estaria perdido, pois ele resume a essência do Cristianismo”. O mesmo podemos dizer dos textos Paulinos, se todos eles se perdessem e restasse apenas o Capítulo 13 da Epistola aos Coríntios, nada estaria perdido...
O texto de Paulo sobre a Caridade (o amor em algumas traduções) é o mais belo poema das escrituras desde o Sermão do Monte, pois coloca ao nosso alcance a total compreensão do que é o AMOR ensinado pelo Cristo.
“Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine”. Paulo compara aqui a ausência da caridade em nosso coração à frieza do metal, que apesar de ressoar melodicamente, não tem música por si mesmo...
A caridade esta para o homem como o sineiro está para o sino. É a caridade que impulsiona o AMOR em potência na alma humana à ação da bondade no mundo.
Sem as mãos que puxam a corda o sino não tine, sem o impulso da caridade manejando nosso AMOR nossas ações no mundo são estéreis... 
“E se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até a ponto de transportar montanhas, e não tiver caridade, não sou nada.”  
Paulo equipara nesse trecho a caridade ao dom da mediunidade sublime que se não for abençoada pela finalidade útil do serviço ao próximo é sem significado, assim como a FÉ que mesmo robusta e inabalável é vazia sem as obras do bem que somente a caridade é capaz de edificar.
“E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se, todavia não tiver caridade, nada disto me aproveita”. Aqui Paulo esclarece perfeitamente que a Caridade deve animar todo e qualquer gesto de BENEFICIÊNCIA bem como todo e qualquer sacrifício pessoa.
Quando está ausente a caridade o gesto de ajuda de inúmeras campanhas, iniciativas de benemerência e obras de filantropia, o benefício se restringe à ESMOLA que auxilia, mas ultraja e faz sofrer, humilha e tira a dignidade.
“A caridade é paciente”, ensina o apóstolo a nos lembrar que a bondade de compreender o ritmo de cada um é grande dádiva que podemos fazer pra com quantos façam parte de nossa vida.
“A caridade é benigna”, continua Paulo, lecionando que a bondade é a própria alma da caridade que se movimenta impulsionada pela grandiosidade da alma sem que se dê conta dessa grandeza.
“A caridade não é invejosa” – poderíamos imaginar o AMOR sentindo inveja, uma vez que o AMOR é tudo e tudo alcança e constrói?
...“A caridade não obra temerária nem precipitadamente”. A caridade é segura de si mesma, pois conhece que só o bem pode produzir, despreocupa-se deliberadamente do FRUTO de suas ações, pois que na CARIDADE a semeadura não espera colheita, mas apenas SERVIR E PASSAR...
Muitas vezes nos queixamos FIZ TANTO POR FULANO E RECEBO ISSO EM TROCA? Com certeza não foi Caridade... A Caridade nada espera, porque quer apenas a alegria de ajudar. Por isso Paulo ensina que ela “não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses”...
Quem está na trilha da caridade deve colher a recompensa do tesouro de seu próprio coração na forma de consciência tranquila e felicidade intima, porque GRATIDÃO e RECIPROCIDADE não são moedas que busca quando o genuíno e caridoso amor nos ampara.
Na caridade a serenidade nos envolve inteira, porque conscientes de que agimos embalados por ideais superiores não alimentamos irritação ou desconfiança. Razão porque Paulo afirma que a caridade “não se irrita, não suspeita mal”.
A caridade tem total senso de justiça, porém não julga nem discrimina, AJUDA sem perguntar quem é, porque sofre, como chegou até tal ou tal situação... A CARIDADE tem a VERDADE em si mesma, porque é consubstanciada no afã de colaborar: “não folga com a injustiça, mas folga com a verdade”. Continua ensinando Paulo de Tarso.
“Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre”. Os anjos da caridade que o mundo conheceu foram capazes dos maiores sacrifícios a fim de cumprirem seu mandato de amor na Terra. São modelos a seguir e estímulos à perseverança no bem em todos os tempos...
Vidas como a de Chico Xavier, Vicente de Paula, Tereza de Calcutá, Irmã Dulce da Bahia e tantos ouros são cartas magnas da caridade que o céu envia à Terra para que nossa bússola não perca o rumo na direção do AMOR INCONDICIONAL.
Escultura de Murilo Sá de Toledo, Praça da Sé, SP   
A caridade nunca jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar às profecias, ou cessem as línguas, ou seja, abolida a ciência”. Arremata o doutor de Tarso – A caridade, por se traduzir no próprio AMOR jamais cessa porque o AMOR é a própria essência de que são formadas as esferas e cada partícula que viaja no universo sem fim... Por isso mesmo João Evangelista afirmou em síntese preciosa: DEUS É AMOR! Por isso mesmo a caridade jamais terá fim.

REFLEXÕES ESPÍRITAS: O que é preciso fazer para salvar-se - A parábola do bom samaritano.


Capítulo 15 de "O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec" - Fora da Caridade não há salvação - itens 1 e 2 - O que é preciso fazer para salvar-se.
O Espiritismo tomou por divisa para orientação de seus adeptos o lema “Fora da Caridade não há salvação” que é o título do capítulo sob nossa reflexão na noite de hoje.
Essa escolha não é casual, pois como o próprio Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo afirma “Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, ou seja, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.”
A questão SALVAÇÃO DA ALMA é tratada pelos Espíritos como algo voltado para uma FILOSOFIA de vida e não como dogma religioso como o faz a maioria das Igrejas Cristãs ou não.
Com isso, o Espiritismo traz do campo místico para o racional a questão da salvação, “desembolorando” o tema que foi envilecido pelo uso religioso e colocando-o em seu verdadeiro lugar: NO ESPIRITISMO, SALVAÇÃO TEM O SINÔNIMO DE FELICIDADE.
Quem deseja salvar-se está em risco eminente de perigo. Na maioria das religiões essa salvação é tomada como SALVAÇÃO DA ALMA e para a Doutrina dos Espíritos JAMAIS SE PERDE OU É CONDENADA A COISA ALGUMA, antes, assume responsabilidades perante a vida e desvia-se do caminho do bem, mas a FELICIDADE é a razão da própria vida e a única fatalidade para o Espírito, por isso ninguém poderá fugir dela indefinidamente.
Jesus nas duas passagens tomadas por Allan Kardec para estudo do tema, coloca no AMOR ÀS OUTRAS CRIATURAS a condição para que o homem e a mulher atinjam a felicidade do REINO DE DEUS que é o espaço intimo de paz e ventura a que podemos almejar.
Jesus afirma mesmo que na PESSOA DO OUTRO está o próprio DEUS, e dessa maneira, todas as vezes que fazemos UM BEM para outra criatura é ao próprio Deus que o fazemos.
Sua parábola coloca DEUS (simbolizado por um Grande Rei) que afirma aos seus súditos: “Na verdade vos digo, que quantas vezes vós fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes”.
Esse “ALGO” que se pode fazer a DEUS, Jesus resume em atos de compaixão e bondade para os que sofrem: “Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber; precisava de alojamento e recolhestes-me; estava nu e cobristes-me; estava enfermo e visitastes-me; estava no cárcere e viestes ver-me”. 
Nessa importante passagem do Evangelho (Lucas 10:25-37), Jesus está categoricamente ensinando como se deve ADORAR A DEUS. Ele já dissera antes que se devia adorar a DEUS em Espírito e Verdade, e aqui complementa que SE DEVE ADORAR A DEUS SERVINDO AO BEM DO PRÓXIMO.
Mais uma vez aparece o que se chama em filosofia das religiões de “REGRA ÁUREA”: Faça ao próximo o que gostaria que fizessem a ti mesmo.
Interessante e pedagógica a explicação: DEUS sendo invisível aos nossos olhos e impossível de se agradar com oferendas materiais, se regozija quando o amamos e adoramos na pessoa de SUAS CRIATURAS. Isso porque O OUTRO é a parcela VISÍVEL DE DEUS que Ele coloca em nosso caminho PARA AMAR.
Alhures Jesus afirmara: VÓS SOIS DEUSES, equiparando a nossa NATUREZA INTIMA à do Criador. Se eu e você somos Deuses, a maneira mais fácil de nos salvarmos (sermos felizes) é adorando a DEUS a partir da pessoa do próximo.
Nessa mesma passagem evangélica, Jesus afirma que o grande REI (DEUS) separará os que o AMAM NA PESSOA DO PRÓXIMO dos que negligenciam a CARIDADE, e que estes serão condenados ao “inferno” das expiações e reparações de seus erros através da misericordiosa Lei da Reencarnação que possibilita ao Espírito negligente aprender em nova oportunidade a lição do AMOR.
Na Parábola do Samaritano, que integra esse trecho em estudo nesta noite, JESUS ensina a um “Doutor da Lei” o que significava O PRÓXIMO segundo a sua Doutrina. Aquele que se compadece das aflições dos demais e age dentro da CARIDADE DESINTERESSADA é o BOM SAMARITANO tomado por Jesus como homem que cumpre a lei de Amor.
Vejamos que A BONDADE aparece na Parábola do Samaritano como a condição da SALVAÇÃO, ou seja, a salvação (felicidade) está reservada aos bons e não àqueles que adoram a Deus através do culto externo de todas as religiões, que na verdade são manifestações de fé primitiva, meros adereços dispensáveis perante o impositivo de AMAR que é a verdadeira essência da LEI DE DEUS.
Feitas essas digressões filosóficas, podemos entrar na análise de NOSSO COTIDIANO e buscar aplicar o PRINCÍPIO DA FELICIDADE ensinado por Jesus e esclarecido pelo Espiritismo em nossas vidas a fim de que alcancemos a SALVAÇÃO (felicidade) desde agora.
Se formas avaliar NOSSAS EMOÇÕES E SENTIMENTOS que na verdade constituem o REINO DE DEUS EM NÓS ou nossa vida espiritual, podemos nos dar conta de que TODA VEZ QUE TEMOS ATITUDES DE AMOR para com o próximo a alegria íntima que nos invade é a expressão mais próxima da verdadeira felicidade que podemos experimentar em nosso estágio evolutivo.
AMAR dá grande alegria e prazer, por isso mesmo JESUS ensinou que SEU FARDO ERA LEVE E SUA LEI BRANDA, porque ele ensinou que o impositivo do AMOR e tão importante para a nossa VIDA DE ESPÍRITOS como o ar o é para a oxigenação de nosso corpo.
AMANDO E SERVINDO o próximo, nós que somos almas comprometidas até hoje com as nossas imperfeições ligadas à VAIDADE, ORGULHO E EGOÍSMO nos REABILITAMOS PERANTE DEUS e acessamos um novo patamar em nossa condição evolutiva.
Comprometidos com a Grande Lei e expiando hoje nossos erros através das provas e expiações comuns em nossas vidas, somos informados que SE MUITO AMARMOS seremos reconhecidos como discípulos do Mestre Jesus, e esse galardão significa tão somente IRMÃOS E IRMÃS QUE CAMINHAM ATRAVÉS DO AMOR PARA A CONQUISTA DA FELICIDADE PERMANENTE.
E O PRÓXIMO, quem é ele em nossas vidas? Todos os homens e mulheres são nosso próximo, totalizando a humanidade inteira. Mas aqueles que podemos dizer, são NOSSO PRÓXIMO MAIS PRÓXIMO porque foram colocados pelas leis de atração organizadas por DEUS mais pertos de nós a fim de que a eles SIRVEMOS E AMEMOS como se fossem o próprio DEUS.
Nós os chamamos normalmente PARENTES PROBLEMAS, COLEGAS DIFÍCEIS, ADVERSÁRIOS, INIMIGOS, DESAFETOS e por ai vai...
Esses são o nosso MATERIAL DE CONSTRUÇÃO do Reino de Deus em nossas vidas, porque representam aqueles companheiros de jornada mais difíceis de amar, porque de alguma maneira ferem o nosso coração ainda cheio de orgulho e egoísmo.
Então vejamos que não basta SER BOM para os desconhecidos com a finalidade de agradar a DEUS. Não basta ser bons aos pobres e miseráveis. Não basta sermos bons aos que sofrem dificuldades morais e materiais e que inspiram COMPIXÃO de forma natural e espontânea às fibras de nosso coração, já sensível ao sofrimento alheio.
A PRIORIDADE é amar àqueles que nos causam desconforto e dor, angustia e raiva, medo e desejo de desforra. Isso porque, além de serem também nossos irmãos perante DEUS, são também o atestado vivo ao nosso redor de que ainda somos PRISIONEIROS DO EGO, escravizados pelo egoísmo e orgulho ao preferencialíssimo de AMAR OS QUE NOS AMA E PODEM NOS FAZER BEM em detrimento daqueles que podem até ser ingratos e agressores, mas não deixam de ser também FILHOS DE DEUS como eu e você.
Pois é, nossos DESAFETOS são filhos e filhas de Deus que comparecem em nossas vidas a fim de nos lecionar a importância do perdão, da misericórdia, da indulgência e da CARIDADE para alcançarmos a FELICIDADE.
Embora seja SIMPLES AMAR não é tão fácil assim com pudermos ver, requer uma grande dose de DESAPEGO e nossos interesses mesquinhos do EGO e da satisfação de nossos equivocados ideais de prazer e felicidade. Mas, Graça a DEUS, estamos matriculados neste grande Educandário chamado Terra exatamente para exercitar essa capacidade de AMAR que nos conduzirá à felicidade permanente.
VIDA é o nome da lição que se estuda no Educandário Terra e AMOR é a disciplina importante que Jesus – Mestre incomparável de nossas almas – está pouco a pouco fazendo gravar em nossos corações.
Quando eu e você amarmos, em Espírito e Verdade ao DEUS que reside no coração de cada irmão e irmã, estaremos aptos a um novo degrau na escala do progresso. Aquele em que já aprendemos pelo BEM DE TODOS a progredir, ficando obsoletas as lições do SOFRIMENTO E DOR que até aqui buscamos eliminar de nossas vidas.
SOFRIMENTO E DOR JÁ ERAM! VAMOS SER FELIZES AMANDO?

REFLEXÕES ESPÍRITAS: O Maior Mandamento


Capítulo 15 de "O Evangelho Segundo o Esiritismo, de Allan Kardec" - Fora da caridade não há salvação, itens 4 e 5, O MAIOR MANDAMENTO.

Este tema tem a finalidade de aprofundar a nossa compreensão sobre os dois maiores mandamentos da Lei de Deus ensinados por Jesus, ressaltando qual deve ser a nossa atitude para, verdadeiramente, amar a DEUS sobre todas as coisas e ao PRÓXIMO como a nós mesmos.

Jesus inquirido pelo doutor da Lei, sobre qual seria o MAIOR MANDAMENTO da Lei de DEUS respondeu de uma maneira direta e objetiva: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS e o segundo AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.

AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que O reconhece como PAI MISERICORDIOSO.

AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que reconhece a VIDA como dádiva do Seu amor em benefício do nosso progresso.

AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que faz da própria vida uma caminhada em Sua direção, através da observância de suas Leis perfeitas e imutáveis.

AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS é reconhecer a natureza como obra de Sua bondade. E agradecer diariamente por tudo o que Ele nos concede.

AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS é recorrer a Ele como amparo de nossas fraquezas... É também louvá-Lo a cada instante como fonte de nossas alegrias e de nossa coragem diante dos desafios da vida.

AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é entender que devemos dispensar ao nosso irmão o mesmo tratamento que gostaríamos de receber.

AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é desejar aos outros tudo o que almejamos para nós, é ficarmos feliz com suas conquistas e suas alegrias como se fora nós mesmos que as experimentássemos.

AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é consolar o irmão triste em suas dificuldades, dores e aflições oferecendo o socorro que estiver ao nosso alcance.

AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é colocarmo-nos no lugar do OUTRO e dispensar-lhe as mesmas atenções e cuidados que desejaríamos se estivéssemos naquela situação.

Quando Jesus diz que os mandamentos que ensinara contém TODA A LEI E OS PROFETAS quer nos fazer entender que todos os preceitos religiosos, todos os ensinamentos dos profetas e iniciados, todas as lições dos livros sagrados podem ser sintetizadas naqueles dois mandamentos: Amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos;

Os ensinamentos de Jesus são VERDADES ETERNAS por isso estes dois mandamentos contém tudo o que precisamos para a salvação do espírito... Mas salvar-nos de que? ELES NOS SALVAM DA INFELICIDADE!
Não é possível amar a DEUS sem amar ao próximo, porque DEUS se manifesta diante de nós na pessoa de seus filhos, os nossos irmãos.

Aquele que verdadeiramente traz dentro de si o desejo de AMAR A DEUS e observar Seus mandamentos estende esse amor a todas as pessoas, por nelas reconhecer criaturas por Ele criadas, irmãos nosso na divina paternidade.

Não se pode amar a DEUS desprezando o próximo. Ao contrário, é pelo bem que fazemos ao próximo que demonstramos o nosso amor a DEUS. Da mesma forma que ao ajudarmos uma criança, seus pais ficam gratos a nós, porque amando a criança demonstramos amor por eles.

Esse ensinamento do evangelho nos traz uma lição prática: que FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO uma vez que a caridade é a concretização do amor. A CARIDADE é a forma pela qual o AMOR se realiza, exteriorizando-se de nós na forma de ações, gestos e atitudes.

O caminho da salvação de nossa alma dos erros do passado e da infelicidade, da dor e do sofrimento, passa, necessariamente, pelo amor ao próximo objetivado através da CARIDADE.

Portando, para observar esses mandamentos devemos cultivar a CARIDADE e a HUMILDADE, pois a primeira nos ensina o esquecimento de nós mesmos em favor do nosso próximo, e a segunda nos liberta das vaidades humanas, aproximando-nos de todos na condição de irmãos.

CARIDADE = ESQUECIMENTO DE NÓS MESMOS = LIBERTAÇÃO DAS AMARRAS DO EGOISMO

HUMILDADE = EXTINÇÃO DAS VAIDADES HUMANAS = IDENTIFICAÇÃO COM O PRÓXIMO ATAVÉS DA LEI DE IGUALDADE.

Pela prática da CARIDADE combatemos o EGOÍSMO, pelo exercício da HUMILDADE libertamo-nos do ORGULHO... EGOISMO E ORGULHO são as chagas da humanidade, os criadores de todo mal, que nos impedem de ser FELIZ integrando-nos com DEUS através do PRÓXIMO.

Devemos ser caridosos mesmo com as pessoas que se consideram (ou que consideramos) nossos adversários ou inimigos. AMAR E PERDOAR desejando a essas pessoas todo o bem que gostaríamos de receber sem deixar de aproveitar todas as oportunidades de RECONCILIAÇÃO.

Se, mesmo agindo assim, não formos compreendidos pelo nosso irmão desarmonizado conosco, DEUS que tudo vê e preside saberá reconhecer o nosso esforço.

O PERDÃO, A CARIDADE, A HUMILDADE E O AMOR beneficiam em primeiríssimo lugar aquele que os estende ao próximo, assim como as rosas perfumam primeiramente as mãos que as estendem aos outros.

AMA a DEUS SOBRE TODAS AS COISAS aquele que O coloca como centro de sua vida, observa seus mandamentos e em tudo percebe as manifestações do seu AMOR.


AMA AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO aquele que faz para os outros todo o bem que para si próprio desejaria, fazendo do AMOR AO SEMELHANTES a mais autêntica manifestação do amor a DEUS.